O Instituto Millenium ouviu o historiador Marco Antônio Villa para entender os desdobramentos da tentativa de convocação de um plebiscito para a reforma política pela presidente Dilma Rousseff. Na última terça-feira, 2 de julho, a presidente enviou uma mensagem ao Senado com a proposta de discussão de cinco pontos relativos à reforma: o financiamento da campanha, a definição do sistema eleitoral (proporcional ou distrital), a suplência para senador, as coligações partidárias e o fim do voto secreto.
Apesar de reconhecer a constitucionalidade do plebiscito, Villa não concorda com a forma como o processo está sendo conduzido pelo governo. Segundo ele, é necessário ter uma discussão mais cuidadosa das propostas da reforma política, pois a simples consulta popular não atende aos pedidos dos manifestantes.
“O governo não entendeu o recado das ruas e tem enorme dificuldade de estabelecer um diálogo com as necessidades colocadas pela população. A tentativa de fazer essa reforma agora é um mero oportunismo”, critica.
Os temas propostos pelo governo revelam uma confusão entre os conceitos de reforma política e reforma eleitoral. O historiador confirma o equívoco: “Tudo isso mostra um absoluto despreparo do governo não apenas nas questões econômicas e sociais, mas também nas questões políticas”.
Do ponto de vista da democracia representativa, a convocação do plebiscito pode ser entendida como uma intrusão do poder Executivo nas funções do Legislativo. “Tenho certeza que a presidente não leu a Constituição, não leu a cessão referente às atribuições do Legislativo e do Executivo”, afirmou Villa.
Plebiscito e referendo
Marco Villa explica as diferenças entre plebiscito e referendo: “plebiscito é quando se faz uma consulta à população sobre um ou mais temas, que servirá de base para que o Congresso crie uma legislação; referendo é uma lei que já foi aprovada no Congresso Nacional em que os eleitores são consultados para saber se concordam ou não”, esclareceu.
Marco, voce está absolutamente certo mais uma vez. Aliás, estou contigo e não abro quando o assunto é essa vergonha que estão tentando implantar em nosso país. Descaradamente estão tentando roubar a nossa dignidade como cidadãos. É um contra-senso tudo o que essa gente faz e só pessoas com as mentes embotadas é que não percebem.
Sou seu fã e sempre que posso acompanho seus comentários na TV Cultura.
Grande abraço!
Braulio Zarpellon Junior
O Sociólogo da Catalunya- Manuel Castells,Nos ensina;
“O Povo nao vai se Cansar de Protestar”-
*Em um trecho de uma entrevista “salvei esse paragrafo”
O Senhor acha que eles “Povo – Manifestantes”-podem terem sucesso sem uma pauta bem definida de Pedidos?.
” É Inacreditavel!, Alem de passarem´por uma série de problemas urbanos,ainda se EXIGE que eles façam o Trabalho de Profissionais que deveria ser dos Burocratas preguiçosos responsaveis pela Bagunça nos Serviços. Os Cidaddoes s´[o apontam os Problemas. Resolve-los é trabalho para os Politicoas e Tecnicos Pagos por eles para Fazê-lo. “