Nações desenvolvidas têm ritmo de crescimento acelerado, ao contrário de países como o Brasil
Indicador elaborado pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) indica queda no ritmo de crescimento dos países emergentes – incluindo o Brasil – e aceleração entre os países desenvolvidos. Os números do índice divulgado nesta segunda-feira, que antecede composto mensal, indicam, portanto, uma inversão do quadro global a que se assistiu nos últimos anos. O indicador geral subiu para 100,6 pontos em maio, ante 100,5 em abril.
No caso do Brasil, o índice desacelerou para 99,1 ante 99,3 na medição anterior. “O indicador aponta para melhora moderada do crescimento na maioria das principais economias que compõem a OCDE. Nas grandes economias emergentes, contudo, o índice aponta para uma estabilização ou desaceleração da força”, diz a organização em comunicado.
A China também perdeu mais velocidade, com 99,5 pontos, ante 99,6 no relatório anterior. Enquanto isso, a leitura para a Rússia caiu de 99,2 pontos para 98,9 pontos. Na contramão da tendência de economias emergentes, a Índia registrou alta em seu índice, para 97,6 ante 97,5 pontos.
A leitura para os EUA ficou inalterada em maio em 101,0 pontos, o que, segundo a OCDE, sinaliza crescimento firme. Tal sinalização pode indicar ao banco central americano, o Federal Reserve (Fed), que está chegando a hora de retirar os estímulos econômicos governamentais e deixar a maior economia do mundo caminhar sozinha.
Na zona do euro, que há anos sofre com a crise da dívida, o indicador subiu para 100,3 pontos, ante 100,1 registrados anteriormente. A OCDE destacou uma mudança de tendência na Itália, cuja leitura também subiu de 100,1 para 100,3 pontos.
Mas foi o Japão que liderou o indicador entre os países desenvolvidos. Beneficiada por uma forte rodada de estímulo monetário, a leitura japonesa passou de 101,1 pontos para 101,3 pontos.
As informações podem influenciar as expectativas da organização para as economias globais. Em março, a OCDE apostava na liderança global das economias emergentes, conforme relatório.
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