Presidente de siderúrgica diz estar cético quanto a reforma em logística e energia elétrica
BRASÍLIA – O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), conselheiro da presidente Dilma Rousseff e fundador do Instituto Aço Brasil, que representa o setor siderúrgico, elogiou o novo marco mineral. Mas torceu o nariz quando questionado sobre o balanço das últimas medidas anunciadas pela presidente para elevar a competitividade brasileira, entre as quais as reformas em logística e energia elétrica, indicando ceticismo quanto à implantação célere desses projetos.
— Foram dados rumos em várias coisas, mas o ajustamento das responsabilidades dos ministérios e das agências para absorver essas mudanças é tremendamente complexo. Então, hoje temos desafios enormes de execução desse cenário — disse Gerdau, que também é o criador do Movimento Brasil Competitivo (MBC). — Em qualquer tipo de atividade, você toma uma decisão e depois faz correções. Na minha vida pessoal, eu faço correções permanentemente. O governo também. Ele dá o rumo e tem de ver os resultados nesse rumo.
Segundo Gerdau, não se consegue prever completamente a reação do mercado, então “o importante é ter a coragem de mexer”.
— O cenário atual exige mudanças e governo federal tem trabalhado aceleradamente nessas mudanças, mas cada mudança sempre é dolorosa para alguém.
Na discussão da MP dos Portos, Gerdau acabou vendo vetado pela presidente um de seus principais pleitos, que livrava de licitações os portos que fossem usados para exportar produtos de uma só empresa. Nesta discussão da mineração, o setor siderúrgico ganha com a possibilidade de reduções na cobrança de royalties sobre minérios que suprem a produção do aço.
Para Gerdau, “provavelmente”, a proposta do marco regulatório não sofrerá grandes mudanças no Congresso.
Fonte: O Globo
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