O termo “startup” é considerado recente e surgiu na região do Vale do Silício, nos Estados Unidos. O seu uso começou entre 1997 e 2001, e significava, basicamente, um grupo de pessoas trabalhando em uma ideia inovadora que pudesse resultar em retorno financeiro. Hoje, o significado de startups é explorado de forma mais profunda e completa.
O conceito trata de um momento na trajetória de uma empresa, no qual a equipe desenvolve um produto/serviço inovador e tecnológico, que necessite de baixos investimentos e tenha boa projeção de rentabilidade.
Além disso, as startups também se caracterizam por trabalhar com um modelo de negócio escalável, em mercados pouco explorados e com processos de automação.
Principais características de uma startup:
– Inovação: Geralmente, as startups apresentam ao mercado produtos e serviços inovadores e de base tecnológica.
– Escalabilidade: Uma startup precisa atingir um grande número de clientes, no menor tempo possível e gastando o mínimo. Por isso, o negócio precisa ter capacidade de expansão e crescimento.
– Repetibilidade: A produção/operação deve ser repetível sem precisar aumentar a necessidade de recursos humanos e financeiros empregados no projeto.
– Flexibilidade e rapidez: A startup deve conseguir atender às demandas de mercado ditadas pelos consumidores, além de se adaptar rapidamente às exigências e ao comportamento da sociedade.
Processo evolutivo de uma startup
A evolução de uma startup é dividida em duas fases principais: a fase inicial e a fase final — ambas com 5 etapas cada.
Fase inicial — criação do produto
1.Ideia
A equipe começa a desenvolver a ideia de um produto/serviço inovador a partir das demandas do mercado.
2.Modelo de negócio
Processo no qual a startup cria, desenvolve e planeja sua operação.
3.Elevator Pitch
A startup deve elaborar um breve discurso que resuma seus objetivos e sua solução.
4.Mockup
Elaboração de um modelo que representa visualmente o produto.
5.Protótipo
Elaboração de uma simulação do produto em uso.
Fase final — após a criação do produto
1.Minimum viable product (MVP)
É um teste simples da solução que está sendo proposta, uma versão do produto desenvolvida com pouco investimento e esforço e pela qual o consumidor pode aceitar pagar.
2.Receita
Essa fase é direcionada ao incremento do produto desenvolvido e ao crescimento da receita.
3.Break-even
É a fase de estabilidade das receitas, na qual a startup para de dar prejuízo.
4.Product-market fit
Mercado que demanda o produto em taxas mais altas, nas quais a startup não consegue atender.
5.Saída
Nessa última fase, o empreendedor pode acabar vendendo sua startup para uma empresa maior e, talvez, voltar a empreender em uma nova empreitada.
Ao final desses dois grandes ciclos, a startup, normalmente, passa a fazer parte de uma grande corporação ou pode abrir seu capital na bolsa.
Vale ressaltar que, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), as fases de uma empresa desse modelo não constituem uma ciência exata.
A trajetória de cada negócio pode variar, mas, de uma forma geral, ela envolve processos de ideação, que é quando a ideia começa a sair do papel; validação, que é a fase de teste dessa ideia; tração, que envolve rodadas de investimentos e aportes financeiros; e scale-up, que é quando a empresa atinge o ápice em receitas e crescimento.
Aceleração de startups
Organizações que agilizam o processo de crescimento de startups são conhecidas como aceleradoras. Elas visam promover estabilidade e agilidade aos negócios que estão começando.
A aceleração de uma startup funciona impulsionando as empresas para quebrarem a barreira de break-even e conseguirem ganhar o mercado. Dentro desse processo, as aceleradoras oferecem ferramentas como aporte financeiro, rede de contatos, mentorias, entre outras. O grande objetivo é fazer com que as startups consigam crescer e se estabelecer no mercado de forma ágil e eficiente.
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Marco Legal das startups no Brasil
No dia 11 de maio de 2021, a Câmara dos Deputados concluiu a votação do marco legal das startups. A lei considera startups como empresas que atuam na inovação de produtos, serviços ou negócios e prevê incentivos para esse mercado.
A nova legislação deve impulsionar ainda mais o crescimento das startups brasileiras e alavancar o desenvolvimento tecnológico do país.
Fonte: “Gazeta do Povo”, 14/06/2021
Foto: Reprodução