Há um ano, assumi como Secretária da Educação do Município do Rio de Janeiro. O prefeito assinou decreto, logo no primeiro dia, acabando com a aprovação automática, abrindo o caminho para uma revalorização do esforço e da melhoria da aprendizagem das crianças
Já em fevereiro, iniciamos as aulas com 45 dias de revisão de Português e Matemática. Em seguida, realizamos provas para identificar analfabetos funcionais e crianças que necessitavam de reforço escolar.
No fim da revisão, começamos a realfabetizar estas crianças e iniciamos o reforço. Recrutamos voluntários e de estagiários que receberam cadernos com exercícios de Português e Matemática e treinamento.
Para o professor, elaboramos orientações curriculares que definiam o que deve ser ensinado a cada bimestre. No final, provas bimestrais, para acompanhar o avanço dos alunos e os erros mais frequentes, que foram abordados de novo no bimestre e nas provas seguintes.
Para o 3º e 7º anos, aplicamos a Prova Rio, avaliação externa que complementou dados sobre a aprendizagem. Com os resultados, passamos a saber que estratégias funcionaram melhor para que mais alunos aprendam. Os resultados foram positivos, especialmente para o 3º ano.
Identificamos também 150 escolas em áreas conflagradas e adotamos um programa para combater a evasão escolar e reforçar a aprendizagem, o “Escolas do Amanhã”. Ele procurou tornar o ensino mais atraente para estes jovens para que não abandonem a escola e fiquem mais tempo em situação protegida, fazendo atividades esportivas e artísticas, na escola e nas imediações.
Ainda há muito que fazer. Avançamos muito na aprendizagem dos alunos, mas é preciso persistência estratégica para consolidar o percurso iniciado. E isso será o tom do trabalho neste ano de 2010.
(“O Dia” – 19/01/2010)
E como a secretária explica explica o fato da prova de Segunda Época (que deveria ter sido feita por cerca de 50 mil alunos) ter sido uma encenação? Aproveitou que a os professores estavam de férias, mudou os critérios para a realização das provas pouco antes da prova e, quando os alunos chegaram nas escolas ficaram um tempão esperando para depois saber que só um pequeno número deles realmente faria as provas.