O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, defenderam a necessidade de o Parlamento discutir com urgência a proposta de reforma administrativa, que tem por objetivo modernizar o Estado, melhorar o serviço público e valorizar os bons servidores. O anúncio foi feito durante o lançamento da agenda legislativa da Frente Parlamentar Mista da Reforma Administrativa no Congresso Nacional, que propõe uma série de medidas que devem ser incluídas no debate sobre a PEC 32/2020, de autoria do governo federal.
“Queremos a união de esforços do Parlamento junto com a equipe econômica. Queremos construir um olhar para o futuro, no qual o servidor esteja valorizado e, principalmente, o serviço oferecido ao cidadão seja de qualidade”, declarou Maia, que ressaltou a importância de uma reforma ampla e que envolva os três Poderes. “Está na hora de realmente chegarmos a essa importante dimensão. Os serviços públicos na pandemia mostraram sua importância, sua eficácia”, acrescentou Guedes.
O presidente da Câmara anunciou ainda que deve criar até o final de outubro uma comissão especial para analisar a proposta. De acordo com Maia, a previsão é que o texto seja aprovado no segundo semestre de 2021 ou em meados de 2022.
Reforma administrativa é fundamental para destravar o país
O Instituto Millenium lançou a campanha “Destrava – por uma reforma administrativa do bem”, que recolocou o tema na agenda do debate público. O movimento, que foi divulgado amplamente pela imprensa nacional, teve mais de 500 assinaturas. Responsável pela elaboração do estudo inédito, feito em parceria com o Instituto Millenium, o cientista de dados Wagner Vargas, da consultoria ODX, afirma que o Brasil desembolsou cerca de R$ 928 bilhões ao ano, 13,7% do Produto Interno Bruto (PIB), com gasto com pessoal. De acordo com o especialista, essa já é a terceira maior despesa do Estado brasileiro hoje e, apesar disso, ela é feita de forma desigual.
“Faltam professores, médicos e uma série de outras carreiras na ponta. Por outro lado, temos funções intermediárias onde há um excesso de contingência, com salários iniciais muito altos. Se compararmos com a mesma função no setor privado, elas chegam a ser 70%, 80%, 90% maiores, inviabilizando o aumento de salários e a evolução de carreiras de professores, policiais etc.”, destaca.
“Eu construo a minha história”
Um efeito da Reforma Administrativa, ao estipular novas métricas para a progressão de carreiras no serviço público, é fazer com que os funcionários estejam mais motivados, com carreiras que estejam mais em linha com o mundo em que vivemos. Afinal, cada pessoa constrói a sua própria história, seja no setor público ou no setor privado!
Para a CEO do Instituto Millenium, Priscila Pereira Pinto, cada pessoa deve buscar desenvolver os seus talentos e correr atrás dos próprios sonhos, e não cabe ao governo controlar qual deve ser o melhor caminho, já que não existe liberdade se não formos livres para escolher. “Não se acomode, não fique esperando milagres, porque esses milagres não acontecem de Brasília. Eles não vêm do governo: vêm da sua força, da sua energia, daqueles momentos em que aparece uma oportunidade e você abraça”, destacou.
Este é o exemplo do presidente do Conselho de Governança do Instituto Millenium, Ricardo Diniz, que contou a sua trajetória no mercado empresarial no livro “Como chegar ao topo nas empresas”.
“Comecei como estagiário em uma indústria, depois fui trabalhar em banco de investimento, e em seguida passei a ser empreendedor, e de empreendedor a executivo de multinacional. Fui o presidente mais jovem a assumir a agência de notícias Reuters e por lá passei quase duas décadas”, contou.
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