Se pudéssemos resumir em uma palavra, o significado das manifestações seria mudança. Mas que mudança é essa? Bem, vivemos em um País de extensões continentais, com grande diversidade, devido ao nosso aspecto multicultural. Mesmo assim, assumimos ser um País homogêneo, livre de qualquer problema causado por questões sociais complexas. Na verdade, temos, sim, grandes diferenças, mas temos, sobretudo, a cultura do não preconceito, ao aceitarmos cada um à sua maneira.
Os últimos protestos estão, de alguma forma, relacionados a essas diferenças. Eles estão ligados a uma mudança no pensamento das novas gerações, que querem mais. Mas esse querer mais é muito diferente das soluções apresentadas por todos os governos desde a formação da República. O que as manifestações representam é uma mudança no tratamento dos cidadãos que preserve, principalmente, as suas liberdades.
Temos, no Brasil, grandes entraves causados pela onipresença estatal: burocracias disfuncionais, tributações complexas, péssima infraestrutura, corrupção e tantos outros problemas que não caberão neste texto. A verdade é que o cidadão de bem cansou de pagar tributação de países nórdicos e receber serviços públicos no nível de países africanos. No entanto, o grande causador desses males e problemas é especialmente a concentração de poder no Estado. Temos, urgentemente, de descentralizar o Estado, dando mais autonomia ao poder local.
Até porque ninguém mora na federação. Todos moram no município. Os jovens manifestantes querem, principalmente, mais liberdade e menos Estado. E menos Estado significa menos tributos pagos para sustentar a máquina pública, isto é, mais autonomia e dinheiro no bolso dos cidadãos.
Esta nova geração deseja veementemente espaço para poder empreender, criar e transacionar, livre das amarras burocráticas do Estado. Afinal, existe outra forma de criar empregos, riquezas e prosperidade para uma nação? Por favor, não nos sufoquem, apenas nos deixem respirar!
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