Teremos eleições este ano. Dentro de poucos meses, chegará a hora de organizar o tempo, encontrar o título de eleitor, o nome e os números dos candidatos. De repente, bate aquela má vontade, fruto do desânimo com a situação política do país. E o nosso orgulho pela conquista do voto é momentaneamente derrubado. Nós nos sentimos impotentes diante de tanta corrupção, que incendeia os blogs, posts e artigos agressivos na mídia.
Nesta hora, apesar dos problemas, é importante dizer para si mesmo que o voto é bom e que a democracia é o melhor modelo político existente. O voto compulsório e a reforma política precisam ser discutidos em plenário, é claro. Independentemente disso, no entanto, o grande número de eleitores – de vários níveis de renda, tons de pele e religião – precisam exigir que os candidatos resolvam os problemas.
Ele ou ela podem até discursar bem, mas é o eleitor quem decide se deve ou não lhe dar o seu voto de confiança. E, depois das urnas fechadas, é hora de acompanhar e cobrar pelas promessas feitas. Medite sobre como não terceirizar as suas responsabilidades para o Estado.
A forma de se organizar as atividades políticas também deveria passar por uma transformação. Imagine você, professor, empreendedor, empresário ou jovem líder de organizações, se candidatando a vereador. Por que não abrir mão do salário absurdo e benefícios pagos pelos nossos impostos e criar uma gestão de projetos nos moldes do setor privado, com metas, resultados e compromissos de longo prazo? Por que não pagar as contas do fim do mês com a sua profissão e a “política” passar a ser uma segunda função, exercida com vontade de mudar o rumo da sua cidade? Novos arranjos são sempre possíveis.
Cada voto vale o mesmo e, quanto mais gente votar com seriedade e convicção, melhor será para o Brasil. A responsabilidade dos atos dos políticos também é sua. Sem o seu voto, ninguém chega ao poder.
Respire e erga a cabeça: a decisão de melhorar está em suas mãos.
Fonte: Gazeta do Povo, 14/03/2016.
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