Pode ser desastroso, ou até risível, quando a vontade repressora não vem de uma compreensão dos valores éticos, morais e culturais que regem uma sociedade. Explico: querem proibir a venda do coco nas praias! No Rio de Janeiro!
Sugerem beber da caixinha industrializada. A alegação é que o coco suja. Por que não se faz uma campanha de educação e a Comlurb não se prepara para limpar? Parece piada, mas é loucura, e sem método.
No que querem transformar o Rio de Janeiro? Alegam que numa cidade ordeira. Isso eu também quero, mas que ainda permaneça Rio, com suas referências culturais. Por esse caminho ainda veremos piorar e vou logo dando algumas sugestões.
Podemos fazer uma campanha para embagulhar as mulheres e impedir o turismo sexual. Azulejar a praia para evitar micoses. Matar os cachorros e gatos (como fez Mao Tse-Tung) para não mais sujarem as ruas.
Poderíamos também comprar carros sem rodas, para impedir engarrafamentos e estacionamentos irregulares, pois eles não sairão da garagem. Ou sugerir às companhias de cigarro que adicionem quantidades exorbitantes de nicotina para matar logo quem fuma. Assim os doentes não gastam grana do estado com tratamento e não é preciso resguardar o direito de quem insiste.
E que tal fechar o Maracanã e o Engenhão para as torcidas e evitar brigas e bebedeiras. Que vejam pela televisão e bebam em casa.
Há coisas que beiram o ridículo, mas que, depois de um olhar mais atento, revelam o despreparo e uma motivação apenas moralista pela ordem.
(O Dia – 22/11/2009)
Era uma vez um homem casado com uma mulher linda de morrer. Um dia, voltou pra casa antes da hora habitual. Surpresa! Encontrou a gatona nos braços de um gatão. Os dois estavam no sofá aos beijos e abraços. O marido não deixou por menos. Tirou o sofá da sala.