A prosperidade de um país reflete a produtividade de sua população. São as duas faces de um mesmo fenômeno econômico. A expansão do consumo de uma classe média emergente deve estar lastreada em aumentos de produtividade dos trabalhadores, sob pena de ter fôlego curto. Se o aumento de consumo se baseia apenas em crédito farto, transferências de renda e subsídios aos mais pobres, torna-se financeiramente insustentável ao se descolar dos aumentos de produtividade. Vem daí a importância de investimentos maciços em educação e treinamento, ampliando capacitações e habilitações do trabalhador brasileiro para sustentar o aumento contínuo de nossa produtividade.
Garantindo mais empregos, melhores salários e maior competitividade de nossas empresas nos mercados globais.
A revolução educacional brasileira está em curso. As primeiras inovações ocorreram mais próximas dos mercados de trabalho. A busca por melhores salários e mobilidade profissional fez emergir um colossal mercado de reciclagem e treinamento em temas especializados. A criação dos cursos de MBA latu sensu foi uma inovação brasileira, com o DNA das grandes inovações disruptivas. Existem inovações que melhoram produtos em mercados convencionais. São aperfeiçoamentos de produtos bem definidos para consumidores habituais. Mas de tempos em tempos um tipo diferente de inovação surge em uma indústria: a inovação disruptiva. Em vez de melhorar o que existe, a inovação causa uma ruptura, trazendo ao mercado um produto diferente, mais acessível a um novo universo de consumidores, que até então não tinham como usar o antigo produto , diagnostica o especialista Clayton Christensen.
Milhões de crianças participam das Olimpíadas de Matemática promovidas anualmente pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Bilhões de reais foram levantados nos mercados de capitais para o financiamento de fusões, aquisições e investimentos em novas tecnologias por empresas educacionais privadas. A universalização da educação de qualidade através das novas plataformas tecnológicas é o grande desafio à frente. Com a reforma do marco regulatório do ensino superior (choque de oferta) e os programas Fies, ProUni e Pronatec (choque de demanda), vamos transformar o país pela educação.
Fonte: O Globo, 10/02/2014
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