O risco de déficit de energia na região Sudeste/Centro-Oeste neste ano subiu em fevereiro para 7,3%, ante um índice de 4,9% em janeiro. O indicador supera o teto de 5% definido como tolerável pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que reúne ministros do governo federal. A indicação, porém, não é sinal claro de uma decisão do governo pelo racionamento de energia no país.
Segundo nota do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o risco de déficit seria de 6,1%, se considerado o despacho pleno das usinas térmicas disponíveis em 2015, como vem ocorrendo. É a primeira vez, porém, que se divulga esse indicador mais ameno de risco. Se considerado o uso parcial das térmicas ao longo do ano, como costumava ser a regra do sistema, esse indicador sobe a 7,3%.
Ainda segundo o CMSE, no mês de janeiro “choveu abaixo da média histórica na maior parte do país”. De acordo com uma fonte que participou da reunião, as chuvas do mês passado foram ainda inferiores àquelas verificadas em janeiro do mês passado, quando o Ministério de Minas e Energia indicou um “sinal amarelo” de fornecimento de eletricidade na principal região do país.
Segundo a nota do CMSE, na região Sudeste/Centro-Oeste, choveu em janeiro 38% da média histórica. Para a região Nordeste, o risco de déficit de energia neste ano é zero.
Picos de consumo
Como nos meses anteriores, o CMSE indicou que “mesmo com o sistema em equilíbrio estrutural, ações conjunturais específicas podem ser necessárias, em função da distribuição espacial dos volumes armazenados.” Isso significa que, se o Brasil tiver a energia necessária, mas não conseguir transferi-la até os locais de demanda, ações podem ser tomadas. A edição desta quarta-feira do GLOBO indicou a iniciativa do governo de construir novas usinas térmicas nas metrópoles da região Sudeste para atender à demanda nos picos de consumo.
Na nota, o CMSE informa que “avaliações de desempenho do sistema, utilizando-se o valor esperado de afluências (água que chega aos reservatórios) e anos semelhantes de afluências obtidas do histórico, não indicam, no momento, insuficiência de suprimento energético neste ano”.
Fonte: O Globo.
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