Entenda como, em pouco tempo, empresas americanas conquistaram seus usuários utilizando a comunicação em rede
Avaliado em US$ 20 bilhões, o Airbnb tornou-se um dos maiores serviços de hospedagem do mundo sem ter sequer uma pousada. A mesma proeza foi obtida pelo Uber, hoje entre as principais operadoras de transporte do planeta sem ter investido um centavo em frotas de carros.
Em pouco tempo, as empresas americanas conquistaram bases massivas de usuários — e de investimentos — com uma proposta baseada na comunicação em rede. “A evolução das plataformas digitais ajudou a conectar interesses que antes eram invisíveis. As telas de celulares de computadores permitem que consumidores e empresas interajam com extrema facilidade”, diz Eric Messa, coordenador do núcleo de inovação e mídia digital da Faap.
No Brasil, essa tendência também segue fortalecida pelo alto contingente de autônomos. Entre profissionais liberais e terceirizados, o país reúne uma base de 21,8 milhões de pessoas que trabalham por conta própria, o que equivale a 23,7% da população ocupada.
Na prática, a demanda por soluções que integrem esses profissionais a bases de consumidores explica a popularidade dos marketplaces de serviços, como aplicativos de táxi e portais de serviços de limpeza. “O mercado brasileiro está descobrindo os modelos de negócio que fazem mais sentido para a nossa realidade”, afirma Messa.
Confira a lista de quatro livros para entender a economia compartilhada:
Uma seleção de livros essenciais para entender as origens da economia do compartilhamento e como esse movimento está mudando o mundo.
Na prática
Escrito por Rachel Botsman, consultora americana especializada em modelos de crowdsourcing, “O que é eu é seu – como o consumo colaborativo vai mudar o nosso mundo” mostra os impactos dessa tendência sobre as empresas. Os exemplos vão da indústria de energia ao mercado de bebês e gestantes.
Novos valores
Em “Free – O futuro dos preços”, Chris Anderson, ex-editor da revista “Wired”, aborda as bases conceituais de um mercado no qual a troca de experiências e de serviços vem substituindo as transações financeiras tradicionais. Em sua edição original, disponibilizada gratuitamente na internet, o livro foi baixado por mais de 170 mil pessoas.
Orientação estratégica
O uso de recursos digitais para revolucionar setores tradicionais é o foco de “Mesh – Por que o futuro dos negócios é compartilhar”, livro de Lisa Gansky, americana especializada em negócios colaborativos. Na obra, Lisa analisa negócios ligados ao compartilhamento de carros e streaming de vídeos.
Impactos sociais
O fim das estruturas de poder nas empresas e das barreiras entre marcas e consumidores. Este é o futuro imaginado pelos canadenses Don Tapscott e Anthony D. Williams em “Wikinomics – Como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio”. A obra fala sobre como a inteligência coletiva ajuda a promover a inovação em corporações e pequenos negócios.
Fonte: Pequenas Empresas, Grandes Negócios
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