A três meses do fim da gestão do presidente Michel Temer, o governo distribuiu nesta segunda-feira mais R$ 3,9 bilhões em recursos para ampliar gastos de ministérios. A área que mais recebeu novas verbas foi a Saúde , seguida de Educação e da Defesa .
No fim de setembro, a equipe econômica anunciou uma folga R$ 8,224 bilhões em relação à meta fiscal programada para esse ano (que prevê um rombo de R$ 159 bilhões). Por conta do teto de gastos públicos, por outro lado, apenas metade desse valor pode ser usado para ampliar as despesas dos ministérios.
Os recursos extras foram decorrentes de um aumento de arrecadação do governo federal e do corte de algumas despesas obrigatórias que foram superdimensionadas no início do ano. Agora, o dinheiro a mais foi distribuído para órgãos federais.
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Apenas o Ministério da Saúde receberá mais R$ 1 bilhão. A pasta tem o maior Orçamento da Esplanada dos Ministérios, mas ele é praticamente todo consumido por gastos obrigatórios. Assim, para colocar dinheiro em outras áreas, que são opcionais, caso do programa Farmácia Popular, era preciso haver uma autorização extra.
O Ministério da Educação terá direito a gastar mais R$ 823 milhões até o fim do ano. O Ministério da Defesa, pasta que comanda as Forças Armadas, terá mais R$ 777 milhões. Os militares têm trabalhado em ações como a intervenção no Rio e vão reforçar a segurança nas eleições.
Os ministérios da Fazenda, Transportes, Justiça e Segurança Pública, e Ciência e Tecnologia também receberão mais dinheiro, além de outros órgãos, em menores montantes.
As demandas de todo o governo por mais dinheiro chegaram a cerca de R$ 9 bilhões. Para escolher quais ministérios deveriam receber recursos adicionais, a equipe econômica priorizou gastos para a manutenção dos órgãos e obras em estágio avançado.
Fonte: “O Globo”