Texto retirado das redes sociais do professor de Economia e Conselheiro do Imil Vítor Wilher
Precisamos votar em um candidato comprometido com o ajuste fiscal e com a agenda de reformas para que o país complete a transição ilustrada no gráfico. Votar em candidaturas à esquerda, assessoradas por economistas heterodoxos, é voltar à Nova Matriz Econômica (NME), que causou uma das piores recessões da nossa História. Espero que o eleitor médio não cometa esse erro, mais uma vez.
Se hoje as escolas, os hospitais, os batalhões, os museus, etc, estão caindo aos pedaços, prepare-se: vai piorar! Há 20 anos, temos adiado uma reforma dura da previdência, cedendo às corporações de funcionários públicos e demais grupos de interesse. O resultado está aí: os gastos com previdência vão engolir todos os demais gastos do Estado. Não vai sobrar dinheiro para mais nada. O Estado brasileiro vai se tornar, em pouco tempo, um mero pagador de aposentadorias, pensões e salários…
Na figura abaixo, o déficit do RGPS, que atinge os aposentados da iniciativa privada. Infelizmente, não há uma série mensal do Regime Próprio, que atinge os servidores públicos…
Um último gráfico nessa noite triste. Muitos economistas acham que o governo está cortando investimentos ou gastos discricionários por maldade, porque é contra os pobres ou outras bobagens. Não conseguem entender – será que conhecem os dados fiscais? – que o problema está no crescimento ininterrupto do gasto da previdência. Então, se você é a favor do aumento de investimentos públicos e de gastos com saúde e educação, deveria ser a favor de uma ampla reforma no sistema previdenciário. É estranho para um profissional que deveria ter cuidado com os dados, ser contra a reforma da previdência e ser a favor do aumento de investimento público. Isso basicamente exigiria um cenário de aumento contínuo de impostos. Lembrando que hoje a nossa carga tributária é de 32%-33% do PIB, a maior entre países emergentes.
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