É do conhecimento de todo o mundo o quanto o Estado do Rio de Janeiro tem sofrido com a violência provocada pelo tráfico de drogas. Cifras elevadas em equipamentos, armas e drogas foram levantadas pela polícia em invasão ao Complexo do Alemão.
Não se pode esquecer-se de parabenizar a ação de todos os envolvidos no processo. A estratégia adotada pela Secretaria de Segurança Pública, desde o dia 21 de novembro, trouxe a população e, em especial aos moradores do local, a paz pela tranqüilidade imposta pela ação. Entretanto, uma preocupação é constante quanto à continuidade do projeto. Afinal, o brasileiro sempre soube dos baixos salários dos policiais e dos baixos níveis de investimento no setor de segurança pública. É mesmo preocupante, pois, segurança é uma necessidade básica do cidadão comum.
Um ponto fundamental é que a cada dia, contribuímos com tributos para que necessidades como moradia, saúde pública, alimentação básica, infra-estrutura e segurança pública sejam satisfeitos. Infelizmente, nossa realidade ainda é bem diferente do sonho de ver nossos desejos realizados.
Conforme já foi divulgado anteriormente por este canal, segurança e educação tiveram juntas, 10% do PIB em investimento no governo Lula. Nesse contexto, o antropólogo Luiz Eduardo Soares disse na TV Gazeta que os brasileiros pagam tributos suecos e tem serviços de Uganda. É verdade. O Brasil tem uma carga tributária que está em torno de 34% do Produto Interno Bruto. Ou seja, um terço de tudo o que o país produz é arrecadação de tributos, mas infelizmente nossas necessidades estão longe de serem atendidas e em especial a segurança pública, alvo da mídia no mundo inteiro.
É interessante ressaltar que se espera ampliação do investimento no programa Bolsa-Familia, mas também é fundamental que, juntamente com os programas sociais, haja investimento em educação e que possamos ter índices consideráveis de inclusão social. Não basta remediar. O mal deve ser combatido pela raiz. É isso que o brasileiro precisa. Precisa de escola, de formação acadêmica com qualidade, de mais oportunidade de trabalho e de idealizar objetivos realizáveis.
Outro ponto fundamental é que no Brasil deveria haver um compromisso com a continuidade, o que seria uma espécie de “Lei de Responsabilidade Social”, afirmou o antropólogo.
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