“Não são aqueles que infligem o máximo, mas sim aqueles que aguentam sofrer o máximo que irão prevalecer”. A primeira vez que ouvi essa frase, ela tocou em algo dentro de mim. Sempre admirei aqueles que, contra todas as probabilidades, mantêm-se fiéis às suas crenças, não importa quais as consequências. Pessoas cuja força não está em infligir dano aos outros, mas sim em sua coragem e resistência a tolerar a dor e o sofrimento infligidos contra elas, pelos opressores. Talvez porque tamanha tolerância de dor e sofrimento esteja além da minha própria capacidade.
No sábado passado, o mundo aplaudiu a libertação de Aung San Suu Kyi, a mulher que teve a coragem de partilhar o sofrimento do seu povo, na Birmânia, e hoje foi o julgamento de Nasrin Sotoudeh, uma defensora de direitos humanos que disse: “Se não posso salvar meus clientes, então devo morrer com eles”.
A força dessas mulheres ao enfrentar as consequências contra elas está além das palavras. Podem ser consideradas a própria manifestação da citação de abertura deste texto. Elas poderão prevalecer durante seu tempo de vida, mas definitivamente, sem sombra de dúvida, vão inspirar milhares de outros mais a buscar a liberdade e a justiça e, portanto, prevalecer no final.
Publicado no blog de Potkin Azarmehr
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