A empresa Precifica tem plataforma que analisa concorrência e permite criar estratégias para trocas automáticas de valores
RIO – No comércio de rua ou nos shoppings, geralmente os consumidores correm atrás dos preços mais baratos e das liquidações. Quando encontram um preço um pouco mais alto, os bons vendedores da loja entram em ação mostrando a relação custo-benefício de um produto de maior qualidade. Na internet, entretanto, as lojas de e-commerce não podem se valer da lábia do atendente, e portanto precisam saber como se posicionar melhor no mercado para não perder espaço.
É aí que entra a start-up Precifica (www.precifica.com.br), que atua em São Paulo, Rio e outros estados ajudando o varejo on-line a ficar de olho em seus preços.
— Uma loja de e-commerce que atua em vários setores pode ter muitos concorrentes e precisa saber como competir em produtos que podem ter seus preços rapidamente comparados em sites especializados — explica Ricardo Ramos, diretor executivo da Precifica, que existe há apenas quatro meses. — Assim, em parceria com plataformas de e-commerce locais, desenvolvemos uma ferramenta on-line que monitora os preços dos competidores e ajusta automaticamente os preços da loja cliente, segundo uma estratégia predefinida e configurada num painel web em tempo real pela própria loja.
Segundo Ramos, baixar demasiadamente o preço de um produto para competir com outros nem sempre é a melhor estratégia. Como diz o velho ditado, quando a esmola é demais…
— Um preço muito baixo num produto comparável a diversos outros (digamos, um notebook de uma marca conhecida) leva o consumidor a desconfiar da qualidade ou das condições do varejo em questão — diz Ramos. — Da mesma forma, quando se percebe que o estoque dos concorrentes está baixo, não é necessário botar o preço lá embaixo para chamar o consumidor: o resultado final pode ser o mesmo com um preço apenas um pouco menor que o usual.
De acordo com o executivo, o sistema da start-up funciona 24 horas por dia e é imediatamente integrado à loja cliente. Ele também fica conectado ao sistema de gestão corporativa (ERP, na sigla em inglês) dos sites de e-commerce. E cruza dados com os captados pela ferramenta de análise Google Analytics aplicada às transações.
— No comércio tradicional, um bom vendedor pode se sustentar, mesmo sendo um mau gestor; mas um mau gestor não se sustenta no comércio eletrônico — sentencia Fabiano Coelho, consultor e evangelista da Precifica. — No comércio on-line existe a questão da entrega, do frete, entre outras coisas. E a loja tem de saber a que público se dirige.
A empresa cobra uma taxa pela análise, começando com a precificação automática de 250 produtos e a análise de dez concorrentes por R$ 500 (ou seja, R$ 2 por item) ao mês. E, à medida que os volumes aumentam, esse valor cai.
Fonte: O Globo
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