Já pensou em conversar com um robô sobre seu estado de saúde? A TNH Health cresceu com essa proposta, atendendo empresas e usuários finais. A oferta ganhou ainda mais destaque em tempos de pandemia de Covid-19.
A TNH Health se uniu ao Ministério da Saúde para criar um chatbot ao aplicativo TeleSUS. Os robôs conversam com os usuários e avaliam se seus sintomas condizem com os da Covid-19. Em 2020, a TNH Health espera aproveitar o destaque das healthtechs e triplicar seu faturamento.
Ideia de negócio: chatbots para a saúde
O canadense e russo Michael Kapps estudou na Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Mas sua busca por uma vida menos estressante o fez trocar a vida de bancos de investimento e startups do Vale do Silício pela atividade de vaqueiro no pantanal mato-grossense.
Últimas notícias
Número de desempregados aumenta em 2 milhões desde o início de maio
Governo avalia liberar saque parcial de recursos de fundos de pensão
Qual é o papel da ciência de dados na pandemia?
Kapps havia participado de uma ONG para lutar contra a malária na África e essa necessidade de causar impacto se reacendeu em terras brasileiras alguns meses depois. “É um mercado diverso e grande, mas tem problemas no acesso à saúde primária. Levar tecnologia ao setor poderia impactar muitas vidas”, diz Kapps.
A TNH Health começou como um serviço de SMS para lembrar pacientes de tomar seus remédios. As pessoas achavam enfadonho receber sempre os alertas, mas respondiam as mensagens falando sobre seus sintomas.
Esse experimento levaria até a solução atual de chatbots que identificam possíveis doenças e orientam a necessidade de consultas. “Percebemos que a mensageria era um canal legal para educar e monitorar populações grandes. É mais econômico e escalável do que ficar ligando, por exemplo.” Os robôs conversadores da TNH Health atendem entre 30 e 40 empresas, principalmente planos de saúde que buscam oferecer um diferencial aos segurados.
Há dois anos, a startup também lançou uma marca própria. A Vitalk tem chatbots especializados em saúde mental. A ideia é atender uma população que sofre com problemas como ansiedade e estresse, mas não pode pagar o valor usual de uma consulta ou ficou ilhada por conta da pandemia. “A saúde mental está piorando muito e o Brasil já era um dos países mais afetados. Com pessoas tendo de ficar em casa, fica mais difícil ainda atender os pacientes.”
Os usuários baixam o aplicativo e conversam com os robôs, de forma similar a uma conversa no WhatsApp. Eles podem ser encaminhados a consultas com psicólogos cadastrados no próprio app. As sessões custam R$ 20. A Vitalk está expandindo e agora atende também problemas como hipertensão e insônia. São 100 mil usuários na versão gratuita e 20 mil funcionários na versão de benefício corporativo.
+ Conheça o Clube Millenium e associe-se!
Pandemia e planos para 2020
A TNH Health se uniu à startup TopMed em uma iniciativa do Ministério da Saúde. No aplicativo TeleSUS, os usuários podem conversar com um chatbot da TNH. Eles esclarecem suas dúvidas sobre sintomas da Covid-19. Dependendo da complexidade, o chatbot abre espaço a uma enfermeira da TopMed.
O objetivo é usar essa triagem para garantir que apenas os casos realmente com suspeita de contágio vão aos hospitais. “Evitamos contaminação desnecessária e sobrecarga no sistema de saúde, além de promovermos identificação precoce dos sintomas e maior chance de recuperação”, diz Kapps.
A TNH Health dedicou o último ano para o desenvolvimento da Vitalk. Em 2020, o plano é triplicar o faturamento. “Fomos de caçar clientes a entusiastas do nosso conceito. Estamos bem posicionados para escalar. Com mais pessoas usando, podemos baixar os preços e alcançar novos usuários”, afirma o fundador.
Fonte: “Pequenas Empresas, Grandes Negócios”