O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), está otimista quanto ao desempenho da economia do Estado. Calcula que, após uma leve alta no PIB em 2020, de 0,4%, São Paulo vai crescer dois dígitos em 2021. Segundo ele, os dados de março, com avanço de 9%, já revelam esse movimento.
“São Paulo teve 9% de crescimento em 1 mês, no mês de março. É um número bastante significativo considerando que ainda estamos na 2ª onda da pandemia” disse, em entrevista ao Poder360 realizada na noite desta 4ª feira (5.mai.2021).
“Nos anos de 2019 e 2020, São Paulo teve um crescimento de 3 a 3,5 vezes a mais que o Brasil. A perspectiva para este ano de 2021 é ter um crescimento de 5 a 5,5 vezes o crescimento do Brasil“, afirmou. Atualmente, a perspectiva é de avanço próximo a 3% do PIB nacional. Caso a projeção do tucano se concretize, São Paulo teria um crescimento de 2 dígitos, próximo a 15%.
Segundo Doria, as informações foram repassadas pelo secretário da Fazenda, Henrique Meirelles, em reunião do secretariado realizada na 2ª feira (3.mai). Além disso, diz, o estado gerou 235 mil vagas de trabalho nos 3 primeiros meses do ano.
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No recorte setorial das áreas que mais impulsionaram as contratações, serviços liderou, seguido de indústria e tecnologia. Para Doria, trata-se do resultado de uma série de políticas de redução no tamanho do estado. “Somos um governo liberal”, frisa.
Como exemplos dessa política, ele destaca a privatização de trechos das linhas de trem urbano no estado, concessões de parques e serviços, e o leilão de 22 aeroportos regionais que será realizado neste mês.
Vacinas
Apesar de a Anvisa ainda não ter autorizado o teste em humanos da vacina ButanVac, que o instituto Butantan produz em parceria com uma universidade norte-americana e institutos de outros 2 países asiáticos, a produção de doses já começou.
“Butantan já começou a produzir a Butanvac. Até ontem a noite (3ª feira) já tínhamos 2,2 milhões de doses produzidas que estão congeladas no depósito de alta refrigeração“, disse Doria, que espera a liberação para os próximos dias.
Segundo ele, mantido o ritmo de produção atual, até julho serão entregues 40 milhões de doses da nova vacina.
Bolsonaro
A fala do presidente Jair Bolsonaro nesta 4ª, que, de forma oblíqua, atribuiu à China a criação do coronavírus como parte de uma espécie de “guerra química”, pode atrapalhar a chegada de insumos para as vacinas, diz Doria.
“Mais um desastre do presidente. Já fez essas bobagem outras vezes. A China é o maior parceiro dos insumos do Brasil. Não só a CoronaVac, mas a AstraZeneca também. Chega a ser infantil um presidente da República fazer uma declaração dessas. Dificulta a liberação do IFA para as nossas vacinas“, afirmou.
Bolsonaro, após ter feito a menção à China, negou ter citado a China. Ele não informou qual seria o país ao qual ele estaria se referindo.
Fonte: “Poder360”, 06/05/2021
Fonte: Reprodução