A taxa de desemprego no trimestre que terminou em fevereiro foi de 12,4%, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na manhã desta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desocupada chega hoje a 13,098 milhões.
Como previsto por analistas, o resultado foi menor em comparação ao mesmo período concluído em fevereiro de 2018, de 12,60%. O resultado ficou acima, no entanto, dos 12% registrados no período imediatamente anterior, também dentro do esperado pelo do mercado.
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A sazonalidade desfavorável foi citada pelos economistas como um dos fatores a acentuar a desocupação no trimestre, já que o início do ano é marcado pela dispensa de trabalhadores contratados temporariamente no quarto trimestre. Além da influência típica do período, o desempenho esperado confirma o quadro fraco do mercado de trabalho.
De acordo com as expectativas de 25 instituições consultadas na pesquisa do Projeções Broadcast, o intervalo de previsões para o dado sem ajuste era de 12,30% a 12,60%, com mediana de 12,50%.
Desalento
O IBGE informou que há 4,855 milhões de pessoas desalentadas, número recorde, um acréscimo de 275 mil em um ano.
“Dado que o desemprego chegou neste nível tão alto, isso alimenta o desalento também. Essas pessoas não se veem em condições de procurar trabalho”, explicou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Houve aumento também do trabalho informal. Empregos sem carteira assinada aumentaram em 367mil vagas desde o último ano, enquanto o trabalho por contas própria teve adesão de 644 mil no período.
Segundo o IBGE, a renda média real no País no trimestre foi de R$ 2.285 por mês, alta de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
O governo adota uma postura cautelosa ao avaliar alguns sinais de melhora do emprego, como o retratado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de fevereiro. No segundo mês do ano, houve a criação de 173.139 vagas formais, o melhor resultado para o mês. “É importante ter prudência e cautela com números do Caged”, disse na semana passada o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo.
Fonte: “Estadão”