Tecnologia e sustentabilidade podem e devem andar juntas. A afirmação é do diretor financeiro da BNPETRO, Aristides Bertuol, na edição de segunda-feira (19) do projeto Imil nos Bastidores, com a participação de Pedro Trippi e Murilo Medeiros. Clique abaixo e reveja o bate-papo na íntegra!
Por transformar lixo em biocombustível, a BNPETRO é considerada uma empresa modelo para o futuro. Como explicou Aristides Bertuol, “o que a natureza demora anos para fazer, nós fazemos em alguns segundos, sem a produção de outros resíduos poluentes ou a utilização de energia adicional”.
Leia também
Novo Marco do Saneamento é aprovado: entenda o que muda!
Lei do Gás pode estimular competitividade, mas é preciso fazer mais
Bertuol acredita que, apesar de o Brasil ainda estar atrasado na questão do descarte e do reuso de lixo, o momento é favorável, já que, especialmente neste ano, a legislação avançou. “O Brasil vive um momento favorável para a sustentabilidade. Neste ano, tivemos o Marco Legal do Saneamento Básico, o próprio PL do Gás, e isso favorece as empresas do segmento”, disse.
Bertuol destaca que usar as novas tecnologias em prol da sustentabilidade é como um tripé, uma vez que gera impactos no meio ambiente, na saúde e na economia. Para exemplificar situações em que saúde e economia se encontram, o diretor financeiro cita dados da Organização Mundial de Saúde (OMS): para cada R$ 1 investido em saneamento, economizam-se R$ 4 em saúde.
“O Brasil tem mais de 3,3 mil lixões a céu aberto, além dos aterros, que precisam ser resolvidos. Mas eles podem ser enxergados como ativos econômicos. Esses lixões tem a capacidade de gerar mais de R$ 2 trilhões de receita nos próximos 30 anos. Um número muito expressivo, que hoje literalmente está no lixo”, afirmou.
Modelo de Gramacho
O procedimento adotado no antigo lixão de Gramacho, em Duque de Caxias (RJ), é apontado por Bertuol como um exemplo a ser seguido para o futuro da sustentabilidade. O local, que recebia os resíduos sólidos dos municípios de toda a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, foi fechado em 2012.
“Um de nossos focos é o lixão de Gramacho. Ele está fechado, ou seja, não pode mais receber resíduos, e lá foi instalada uma usina que vai processar 18 mil toneladas de lixo por dia e gerará diariamente 8 milhões de metros cúbicos de gás. Lá, existe tanto lixo que, mesmo com 18 mil toneladas sendo processadas diariamente, a previsão para o completo fim dos resíduos é de 25 anos”, ressaltou.