O que ocorre no Irã e sua difusão através da Internet é uma lição para os blogueiros cubanos. Também os autoritários do pátio devem estar tomando nota de como são perigosos – nestes casos – Twitter, Facebook e os telefones celulares. Ao ver estes jovens iranianos utilizarem toda a tecnologia para denunciar o injusto, percebo tudo o que falta ser feito por quem mantém um blog na Ilha. A prova de fogo da nossa incipiente comunidade virtual ainda não chegou, porém talvez nos surpreenda amanhã… com o agravante da pouca conectividade.
Nos itinerários blogueiros, que fazemos cada semana, temos visto um pequeno vídeo sobre os cibernautas iranianos. Hoje volto a assistir, em substituição a essas imagens das manifestações que nossa televisão oficial se nega a mostrar. Não contemplei os rostos pintados de verde, nem ouvi nenhum locutor falar dos sete falecidos, porém, com este breve curta animado já posso imaginar tudo. Visualizo toda uma geração cansada de velhas estruturas que quer mudanças. As pessoas – como eu – que deixaram de acreditar em líderes iluminados que nos guiam como rebanho. No meio de tudo isso estão – para nossa satisfação – os bytes e as telas modificando a forma de protesto.
Em dias como este, lamento muito não poder estar online. Me asfixia a insuportável condição de inteirar-me tardiamente de todas as notícias. Se ainda há tempo para prestar minha solidariedade aos blogueiros iranianos, aqui vai um post para dizer-lhes: “Hoje são vocês, amanhã bem poderia sermos nós”.
(Publicado em Geração y)
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