De alguns anos para cá, o aplicativo de transporte “Uber” tem tomado as ruas no mundo. Pouco tempo depois, o Rio de Janeiro foi uma das primeiras cidades, no Brasil, a recebe-lo de braços abertos.
Em seu início, com aquelas grandes manifestações dos taxistas contra a legalização do aplicativo na cidade, o feitiço virou contra o feiticeiro e a população passou a apoiar ainda mais o transporte particular. Hoje em dia parece que tudo está normalizado, seja Uber, táxi ou outros aplicativos.
Entretanto, ao mesmo tempo que o Uber veio para baratear as corridas dos táxis, trazendo mais conforto, em sua maioria de vezes e oferecendo certos benefícios, como descontos surpresas, brindes de marcas parceiras e até a famosa bala e água, com o decorrer do tempo, vêm trazendo grandes dificuldades aos motoristas cariocas e aos usuários.
Até um certo tempo, cada motorista que entrava na empresa Uber devia apresentar diversos documentos que garantiam uma certa confiança entre os motoristas e passageiros, ademais, em seu começo, apenas entravam àqueles motoristas que eram “indicados” por outros motoristas. Dessa forma não seria facilitada a entrada de pessoas de má índole. Porém, o grande o problema hoje, na minha visão, é a desordem que parte dos motoristas estão criando nas ruas da cidade. Muitos vem de outros municípios para trabalhar sem conhecer o mínimo do Rio de Janeiro – e até mesmo motoristas cariocas, que por alguma razão não conhecem o suficiente do município – e acabam por ter que se guiarem por aplicativos que muitas vezes o fazem entrar em locais perigosos, colocando em risco a sua vida, o seu patrimônio e a vida dos passageiros.Sem contar os sucessivos erros de caminho, fazendo com que os tempos de espera da chegada do carro e tempo estimado de chegada nos destinos acabem sendo bem maiores do que o previsto.
Acredito que o Uber e demais aplicativos ainda podem ser de grande valia para a modernização dos serviços de transportes do Brasil e no mundo, mas ao mesmo tempo que eles querem ser o diferencial, é esperado que o serviço também não caia de qualidade. Como usuário frequente do aplicativo, creio que é necessário a retomada de um processo criterioso para admissão dos motoristas e, principalmente, uma prova e um curso para aprenderem o básico das principais regiões da cidade. Caso contrário, graves problemas podem vir a acontecer, o que não é o desejado por ninguém.
O Uber deveria fazer um processo seletivo rigoroso solicitando:
1. A ficha cadastral dos candidatos;
2. Prova de conhecimento básico das ruas e bairros onde o motorista vai atuar.
Meu filho indo para uma festa com amigos de Uber no Centro do Rio, foi abordado por traficantes com fuzis , que disseram que aquele tinha sido o quarto carro similar ao deles que havia ido parar lá errando o caminho para a festa. Por sorte os traficantes explicaram o caminho correto, mas disseram que naquele carro preto com vidros pretos normalmente teriam sofrido tiros e provavelmente todos teriam morrido.