É lugar comum dizer que a educação pública no Brasil é ruim por falta de investimentos. Só que entre 2004 a 2013, o investimento público do governo federal em educação triplicou, enquanto a qualidade permaneceu praticamente inerte.
Será que não é o momento de rever o nosso modelo de oferecer educação aos mais vulneráveis, ao invés de apenas injetar mais dinheiro num sistema que não está dando certo? Essa é a proposta contida na 11ª edição do Millenium Papers, de autoria de Marcos Ricardo dos Santos, Anamaria Camargo e Leonardo Regazzini: Um plano Robin Hood para educação no Brasil: uma estratégia para melhorar a equidade e a qualidade do ensino, sem aumentar o gasto público.
Combinando sistema de vouchers com cobrança parcial de mensalidade em universidade pública, eles trazem uma proposta capaz de inverter nosso atual sistema, onde os pobres têm acesso a uma educação de péssima qualidade, ao mesmo tempo em que ajudam a financiar universidade ‘gratuita’ para as classes mais abastadas.
