Quando você vê as magníficas florestas e lagos da Noruega pela janela do avião, você tem a sensação de frescor e beleza natural. Você não vai estar errado, é um belo país, administrado com eficiência e o único país produtor de petróleo que não sucumbiu ao despotismo, corrupção e pobreza em massa. A Noruega é próspera, seu povo é bonito, hospitaleiro, cortês e muito civilizado. Esta foi minha primeira visita a um país escandinavo, mas não fui como turista. Estava a caminho de Oslo para me reunir ao famoso advogado de Direitos Humanos iraniano, Mohammad Mostafaei, no que acabou sendo uma montanha-russa de ansiedade emocional e espera, mas por sorte, com um final feliz.
Mostafaei teve problemas como o regime no Irã depois de ter ajudado a levar a público o caso de apedrejamento de Sakineh Mohammadi Ashtiani. Incapazes de deter Mostafaei, o ministério de inteligência iraniano recorreu ao ato desprezível de tomar membros de sua família como reféns. A esposa de Mostafei, seu cunhado e mesmo seu sogro idoso, foram todos levados para a prisão de Evin. Eles foram usados como reféns para chegar a Mostafei. O ato desesperado de usar familiares como reféns, contudo, apenas expôs o retrocesso e ilegalidade da administração de Ahmadinejad. Como alguém me disse um dia, o pior inimigo da República Islâmica é ela própria.. Eles acusam a todos que discordam deles de “ameaças à segurança nacional”, mas a ameaça real são suas próprias leis retrógradas, sua intolerância e seu desrespeito aos direitos humanos e comportamentos normais.
Em 02 de setembro, contudo, todos esses momentos terríveis ficaram para trás para a família Mostafei. Finalmente, o bom senso prevaleceu e esposa e filha se juntaram ao amado marido e pai.
Não vou escrever muito mais, deixo que a mídia de massa que estava lá para cobrir este alegre evento faça um trabalho melhor que eu. Apenas uma nota para terminar este post. Não havia um único jornalista iraniano lá, ninguém da BBC persa, VOA Persa, Radio Farda ou qualquer uma dessas organizações bem financiadas. Uma observação que novamente confirma o que eu disse, que não temos bons repórteres fora do Irã. Temos jornalistas preguiçosos que, no máximo, gostam de entrevistar pessoas.
Assista às imagens da reunião aqui.
Não chore mais, Parmida. Ninguém irá prender sua mãe ou pai agora.
Publicado no blog de Potkin Azarmehr
Tradução: Anna Lim (annixvds@gmail.com)
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