O pagamento de pessoal do Ministério da Defesa supera o do Ministério da Educação, que inclui a folha salarial dos professores universitários. Em 2017, a diferença superou R$ 10 bilhões. E já foi maior. No início dos anos 2000, a diferença passava de R$ 30 bilhões, mostra levantamento feito pela Contas Abertas.
O Portal da Transparência informa que as Forças Armadas reúnem 57.435 servidores ativos (ou 17,5%) a mais do que o Ministério da Educação, ainda que, em 2017, a folha de salários do Ministério da Educação tenha sido 35% maior do que do Ministério da Defesa.
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A explicação para o desembolso total maior na Defesa está no pagamento de aposentadorias e sobretudo de pensões às famílias de militares. Elas somaram, em 2017, mais de R$ 47 bilhões, três vezes mais do que as aposentadorias e pensões pagas a professores das universidades federais e demais servidores da Educação.
A reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer e engavetada em fevereiro não mexia na aposentadoria e pensões pagas a militares e seus familiares. Entre 2001 e 2018, esses benefícios custaram à União mais de R$ 660 bilhões.
Fonte: “Contas Abertas”