O presidente Jair Bolsonaro descartou, nesta segunda-feira, a manutenção do auxílio emergencial no valor de R$ 600 por mais de três meses. Segundo o presidente, a equipe econômica está disposta a pagar mais duas parcelas, mas em uma quantia menor que a atual.
— O Paulo Guedes decidiu pagar a quarta e a quinta (parcelas), falta acertar o valor. A União não aguenta outro desse mesmo montante, que por mês nos custa R$ 50 bilhões. Se o país se endividar demais, teremos problema — disse em entrevista ao novo canal do Grupo Bandeirantes, o AgroMais.
A proposta do governo é contrária ao que tem defendido o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. No fim de semana, Maia voltou a defender a prorrogação do benefício no valor atual de R$ 600 por até três meses.
Últimas notícias
Saneamento: relator entrega parecer; veja os principais pontos do projeto
Senado debate adiamento das eleições de 2020
Criar emprego será o desafio no pós-crise
“A todos que me perguntam sobre o auxílio emergencial: sou a favor da prorrogação do auxílio de R$ 600 por mais 2 ou 3 meses”, comentou o presidente da Câmara em uma rede social.
Apesar de afirmar que o novo valor será negociado com a Câmara e com o Senado, Bolsonaro foi enfático ao defender um valor abaixo do que é pago atualmente aos trabalhadores informais afetados pela pandemia:
— Vai ser negociado com a Câmara, com o presidente da Câmara, com o presidente do Senado, para poder ter um valor um pouco mais baixo e prorrogar. Por mais dois meses talvez a gente suporte, mas não com o valor cheio de R$ 600.
A equipe econômica fala em ampliar o benefício por dois meses, reduzindo o valor de cada parcela para R$ 300. O argumento é o de que é preciso levar em consideração o alto endividamento do governo federal com as medidas adotadas no enfrentamento ao Covid-19.
Até o momento, segundo a Caixa Econômica Federal, o benefício foi pago a 64,1 milhões de pessoas no valor total de R$ 83 bilhões, considerando a primeira, segunda e parte da terceira parcela.
Fonte: “O Globo”