A urna eletrônica é o meio oficial de votação no Brasil desde 1996, mas mesmo após um quarto de século em operação, a segurança acerca da integridade do processo informatizado ainda provoca dúvidas.
Ao contrário do que vem sendo questionado, a urna eletrônica surge com a proposta de eliminar as fraudes no processo eleitoral, já que descarta a necessidade de intervenção humana, e oferece recursos de segurança que só a tecnologia é capaz, por exemplo, criptografia, assinatura e resumos digitais. E todo esse sistema de segurança foi aprimorado ao longo dos anos, como explica a CEO do Instituto Millenium, Priscila Pereira Pinto. Ouça!
“Esse nível de informatização do sistema eleitoral foi alcançado gradualmente, sempre passando por crivo de segurança e da garantia do sigilo do voto, acompanhando a evolução tecnológica mundial”, afirmou.
Leia também
CPI é o assunto do momento, mas você sabe para que ela serve?
Vamos falar sobre o nosso sistema de governo?
Além de chances de ataques hackers serem nulas, já que as urnas eletrônicas não estão conectadas à internet, a informatização do processo eleitoral também garante o sigilo absoluto do voto e a inclusão social, ambos essenciais para a democracia plena.
+Entenda como funciona o sistema de segurança de uma urna eletrônica
“Condições fundamentais eram que a máquina fosse de fácil interação com o cidadão e totalmente fechada, impedindo o acesso às suas memórias internas. O teclado da urna foi inspirado no do telefone, justamente, para possibilitar que o analfabeto e o deficiente visual pudessem interagir com aquele dispositivo sem muita dificuldade”, destacou.
Velocidade na apuração
Outro ponto positivo do processo informatizado é a agilidade na apuração dos votos. O que atualmente é disponibilizado em questão de horas após o encerramento das eleições, demorava dias quando o voto era realizado em cédulas de papel, já que eram necessárias muitas pessoas para realizar a contagem.
Os perigos da desinformação
No Instituto Millenium somos a favor do pensamento livre e questionador, mas como ressaltou a presidente executiva do Instituto Palavra Aberta, Patricia Blanco, em entrevista recente ao Clube Millenium, é preciso ter cuidado e separar o pensamento crítico da desinformação e fake news. Enquanto o primeiro é fundamental para o desenvolvimento social, o segundo causa retrocesso.
Educação midiática é fundamental no combate à desinformação
“Você precisa questionar? Claro que precisa questionar as instituições, mas você não pode questionar a ponto de fazer as pessoas não acreditarem mais nelas. Isso é muito prejudicial. A desinformação faz com que você questione a instituição e não a informação que aquela instituição está produzindo”, esclareceu.
Por isso, antes de reproduzir informações ou tomar posicionamentos, se informe em veículos confiáveis, procure saber sobre a nossa história e o que foi fundamental para a evolução e fortalecimento dos nossos processos democráticos. Aqui no Imil, você encontra diversos projetos que te ajudarão nesse processo, como a Página da Cidadania, o Millenium Fiscaliza, o Millenium Explica, e o Millenium Analisa. Forme suas opiniões com base nos seus conhecimentos e não no que querem que você acredite.