O Brasil de todos voltou a ser o Brasil dos burocratas. Prestadores de serviço, incluindo os da iniciativa privada, dedicam muito tempo e recursos para cuidar de tarefas burocráticas. São setores com inúmeros empregados e viciados em uma administração cheia de divisões, regras, controles e procedimentos redundantes. E parece não existir nos mesmos espaço para profissionais dedicados a repensar processos, tornando-os mais simples e eficientes.
O setor privado, que teve no passado a confiança do setor público, poderia prestar serviços de qualidade. Mas hoje ele demite mão de obra produtiva, inovadora e especializada para manter setores e setores de burocratas. Esses personagens aplicam o que eu gosto de chamar de “PPP”: Perguntas redundantes, pedidos de documentação e perda de registros de respostas e documentação.
[su_quote]O setor privado, que teve no passado a confiança do setor público, poderia prestar serviços de qualidade[/su_quote]
Parece não haver informações de fácil acesso e a cada solicitação de serviço o “PPP” retorna. Clientes não têm histórico, não têm valor, não têm opção. O Brasil voltou a permitir o atendimento despreparado, tanto no setor público quanto no privado.
O desserviço ao cliente cria frustração e desilusão tão grandes que o empreendedor, o empresário e o investidor perdem a confiança no futuro. Microempresas e também o terceiro setor encerram suas funções por não conseguirem entender e atender a linguagem dos burocratas.
E esse cenário improdutivo gera desemprego. Ele não é somente causado pelo ajuste fiscal e péssima administração dos recursos públicos, vem também da burocracia que mantém redes de pessoas sem formação, sem produtividade, somente gerando mais e mais “PPP”. Punir clientes com histórico correto em nome da burocracia atrasa o desenvolvimento de qualquer economia. Não vamos deixar o setor privado ser completamente contaminado por essa velha conhecida do pais.
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