Kelvin é aluno do Colégio da Polícia Militar Waldocke Fricke de Lira (3º CMPM), em Manaus, e se prepara para cursar o 3º ano do ensino médio em 2017. Ao blog, ele contou como foi o processo da elaboração da fórmula e quais são os seus planos para o futuro — afinal, o menino é promissor.
Como surgiu a ideia da fórmula? Estava estudando sobre eletrólise no meu curso pré-vestibular. Durante a resolução de um exercício, percebi uma lógica entre a massa atômica, a massa eletrolisada e o NOX do metal. Tudo isso enquanto eu olhava para o quadro, uma mania que tenho. Gosto de tentar encontrar maneiras mais simples de resolver os problemas. Então, criei um macete, que resultou na fórmula. Em um primeiro momento, cometi um erro, multiplicando por um número inadequado. Ainda assim, eu sabia que poderia chegar à uma resposta e, então, acredito que Deus me enviou o número certo e eu cheguei à fórmula final.
E estava correta? Primeiro, testei em diferentes situações e sempre funcionava. Depois, procurei meus professores do curso pré-vestibular e da escola, para conferirem. Todos confirmaram minha teoria.
Por que a equação é importante? Ela é importante para os alunos e para a indústria, principalmente, porque faz com que ganhem tempo. Nós pulamos uma fase. No vestibular isso ajuda o estudante a resolver a questão mais rápido. Na indústria, digamos que um químico quer descobrir a quantidade de massa que foi eletrolisada de alumínio ou de cobre. Agora, basta ter a quantidade de NOX e a massa atômica do ouro. Antes havia também uma etapa preliminar, que demandava tempo para ser vencida.
O que você planeja agora? Estou estudando para passar no vestibular de medicina. Para divulgar a fórmula, vou buscar apoio em universidades federais, tentar entrar em um grupo de pesquisa da área e publicar o achado em alguma revista científica. Se conseguir, poderei mandar para o Conselho Internacional de Química. Mas é um processo demorado. Após a repercussão na internet, também aproveitei para começar a dar vida um projeto que sempre quis concretizar. Estou criando um site chamado Metodologia de Kelvin, no qual irei ajudar estudantes colegiais a aprender de forma mais fácil.
Fonte: Veja.
É “uma pena” que esse rapaz queira ser médico ao invés de químico, engenheiro, ou mesmo professor de uma dessas disciplinas! Pois demonstra uma rara aptidão para essas áreas de ciências exatas, além de também ter interesse em divulgar o que sabe, ajudar outros a aprender! Acho que, como médico, embora possa vir a ser um excelente profissional, ele irá brilhar menos…!
No mais, a matéria também evidencia a excelência da qualidade de ensino da instituição militar, o Colégio da Polícia Militar Waldocke Fricke de Lira (3º CMPM, mas traz também um gosto ‘amargo’ se confrontarmos a realidade dessa instituição com a de tantas e tantas outras instituições públicas (e mesmo privadas!) de ensino… Queria muito que acesso a ensino de qualidade fosse algo universal em nosso país, e não privilégio de poucos…!