Sindicatos são simplesmente um clube de parasitas que querem o poder de espoliar os trabalhadores da sua categoria mesmo estes não querendo contribuir.
Os sindicatos dizem que esses que não querem pagar se beneficiarão de qualquer maneira das “conquistas” que a força sindical vier a obter na sua luta constante contra as associações patronais.
A questão aí é: usar a coerção para subtrair à força o dinheiro de quem não quer pagar é menos imoral do que alguém usufruir de benefícios, porque foi involuntariamente incluído num coletivo do qual ele não quer participar?
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Sindicatos se valem da coerção estatal para negociarem no mercado causando inúmeras distorções, gerando privilégios e exclusão social.
Os contratos de trabalho são manifestações individuais voluntárias e os sindicatos deveriam ser resultado da associação voluntária de seus membros e não uma imposição arbitrária.
A natureza dos sindicatos é autoritária, coletivista e coercitiva sendo a contribuição compulsória para a sua manutenção apenas a corroboração desse fato.
Notem que o modelo de financiamento da atividade sindical reproduz o mesmo método de financiamento utilizado pelos governos para se manterem.
Ambos alegam que os benefícios eventuais produzidos por eles como externalidades para aqueles não envolvidos diretamente no processo de financiamento seria uma imoralidade.
Bem, eu entendo que não há maior imoralidade do que obrigar alguém a pagar pelo que ganhou sem pedir. O ganho não solicitado não é a mesma coisa que o ganho imerecido. Explico melhor.
Há ganhos não solicitados no mercado de trabalho, porque as leis obrigam as empresas a pagar a todos de forma igual. Então, quando um sindicato tem sucesso na sua negociação coletiva com as empresas, os benefícios dessa negociação devem ser estendidos até mesmo aos não sindicalizados.
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E porque os sindicatos não lutam para que seja possível às empresas pagarem salários diferentes? Porque isso vai contra a doutrina coletivista que fez os sindicatos surgirem, a de que a união faz a força.
Sindicatos acreditam na ideia marxista da luta de classes que já se mostrou falaciosa. Tanto é falaciosa que o slogan “a união faz a força”, nas sociedades mais desenvolvidas não tem mais apelo. É por isso que os sindicatos, com uma simples crase, mudaram seu lema na prática, o que os sindicatos querem é que a união dos trabalhadores conquiste o que querem conquistar à força, de preferência sob o patrocínio do governo.
Fonte: “Instituto Liberal”, 02/09/2019