Em 1411, se nós déssemos uma volta ao redor do mundo ficaríamos impressionados com as civilizações do Oriente. A China da dinastia Ming estava em pleno desenvolvimento. No Oriente Médio, os otomanos estavam se aproximando de Constantinopla, que seria tomada em 1453. Já a Europa ocidental era composta de Estados miseráveis (como Inglaterra, França, Portugal), assolados pela peste, por péssimas condições sanitárias e por guerras intermináveis. Quanto à América do Norte, era uma selvageria anárquica em comparação aos reinos astecas, maias e incas nas Américas Central e do Sul.
Quando terminássemos a volta ao mundo, a noção de que o Ocidente dominaria o restante pareceria bem fantasiosa. No entanto, foi exatamente isso o que aconteceu. O que fez que a civilização europeia sobrepujasse os impérios do Oriente? Segundo o historiador Niall Ferguson, tudo se deve a “seis incríveis aplicativos” que o Ocidente desenvolveu e que ninguém mais tinha: a competição, a ciência, o direito de propriedade, a medicina, o consumo e a ética do trabalho. Cada um desses “aplicativos” são abordados em “Civilização – Ocidentes x Oriente” (Planeta, 2012). Por fim, o autor se pergunta se o Ocidente continua tendo condições de dominar o mundo hoje da mesma forma que sempre fez – ou se, na verdade, estaria indo rumo à decadência e à queda.
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