Qualquer um só pode advogar se a OAB deixar. Isso viola o princípio do direito ao trabalho. Profissionais sempre pedem regulamentações ao Congresso que, tolamente, as concede. Vestem interesses corporativos com roupas da proteção aos consumidores. Potoca.
O que a OAB quer é limitar o número de advogados, para manter os preços altos. A OAB segue o princípio básico de economia: o raro é caro. Ao monopolizar a autorização do exercício profissional, limita o número de advogados e mantém honorários altos.
Pior, a OAB ilude jovens profissionais estabelecendo tarifas mínimas excessivamente altas, que clientes não querem pagar. Alguns jovens advogados já me pediram honorários desvairados e eu disse: Isso eu não pago. Minha causa, para mim, não vale isso. Se você não baixar o preço, vou achar quem cobre mais barato.
Esta é uma outra maneira através da qual a OAB ilude os jovens advogados: fazê-los pensar que, porque passaram no exame, encontrarão clientes que paguem aquele preços.
Poucos são os que, como eu, discutem preço. Não tenho problema de buscar advogado mais barato. É fundamental para a democracia a igualdade de oportunidades de trabalho para todos.
Para isso, temos que extinguir todos os monopólios profissionais, de ordens e conselhos. Quem quiser fazer a prova, faz, mas ninguém pode ser impedido de exercer a advocacia por não fazê-la.
Fim do regime militar, fim da inflação alta, crédito abundante e desregulamentações profissionais são passos para a democracia. Este precisa ser dado. Urgente.
Comece logo: passe a barganhar preços com advogados.
(O Dia – 21/10/2009)
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