“Making Brazil work: Checking the president in a multiparty system” (Palgrave-Macmillan, 2013) traz uma análise aprofundada do sistema partidário brasileiro e demonstra como, diferentemente do que sugeria a literatura da ciência política da década de 1990, o presidencialismo multipartidário do Brasil se transformou em um democracia forte, bem-sucedida e com um governo estável.
A partir do estudo do Brasil, os autores Carlos Pereira e Marcus Melo mostram como se deu o inesperado sucesso de regimes presidenciais de coalizão multipartidária em outros países da América Latina, e enumeram as características institucionais fundamentais para o desenvolvimento deste modelo.
“A chave para uma governança eficaz e estabilidade democrática em presidencialismos multipartidários é a combinação de presidentes fortes e um sistema robusto de freios e contrapesos. Um executivo forte não implica que o Congresso assine cheques em branco ou que os organismos de controle sejam incapazes de limitar a ação do presidente. Na verdade, muito pelo contrário”, disse Carlos Pereira, durante uma entrevista, para a revista argentina El Estadista.
Segundo Ernesto Calvo, da Universidade de Maryland, o livro “fornece um modelo para investigar as fontes de estabilidade institucional em regimes presidenciais multipartidários. Com fôlego teórico e rigor empírico, eles desmascaram velhos preconceitos em relação ao funcionamento da democracia brasileira e provam que os regimes presidenciais multipartidários podem produzir resultados econômicos e políticos sólidos, estáveis e previsíveis”. Para o professor Barry Ames, da Universidade de Pittsburgh, “no livro, Marcus André Melo e Carlos Pereira produziram uma defesa coerente e criativa das instituições políticas do Brasil. Eles cuidadosamente demonstram que o presidencialismo multipartidário no Brasil não é, inevitavelmente, propenso a um impasse e corrupção”.
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