Em “A capitalism for the people” (2012), Luigi Zingales argumenta que as raízes do capitalismo americano estão morrendo, e que o resultado é uma deriva para os sistemas mais corruptos encontrados em toda a Europa e grande parte do mundo. O capitalismo americano, de acordo com Zingales, cresceu em uma “incubadora única” que promovia a competitividade, a meritocracia, a confiança dos mercados e a fé na mobilidade.
Para o autor, essa confiança foi corroída por uma traição das elites pró-negócios, que fizeram com que o lobby passasse a ditar o mercado, em vez de estar sujeito a ele. Zingales também fala sobre a classe intelectual, que permitiu isso que chama de traição.
Baseando-se no registro histórico de populismo americano na virada do século XX, Zingales ilustra como as circunstâncias atuais não são tão diferentes assim. Pessoas “do meio e no fundo” estão sendo “espremidas”, enquanto as pessoas no topo se tornam mais ricas. O autor acredita que as soluções são as reformas de política econômica, que podem ser anti-business, mas são diretamente pró-mercado.
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