Então, o jovem cursa medicina numa faculdade pública estatal onde entrou por mérito e os seus pais ou ele mesmo ajudaram a pagar com os impostos que são cobrados em tudo o que se faz, e ele resolve desistir da carreira. Mas como? Ele cursou a faculdade pública estatal e gratuita e agora deve servir por dois anos à população carente, porque quem vai cuidar dessa gente? Mas a faculdade pública estatal não era gratuita? Dar dois anos da sua vida em um projeto que não lhe interessa não tem custo?
Ora, quem acredita que tornar público o que deveria ser privado não tem custo é um iludido alienado. São os pobres então que estão pagando a faculdade do filho do rico? É por isso que eles devem ser obrigados a atendê-los mesmo se esse não for o seu interesse?
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A pergunta aqui é como chegamos a essa discussão indecente que faz com que queiramos obrigar uns a tratar de outros sendo que não conhecemos nem uns nem outros? Esse país virou comunista. Ninguém mais tem privacidade para tratar das suas doenças ou fazer a sua carreira.
A educação pública estatal não é apenas cara e não é apenas ruim; a educação pública estatal escraviza, faz parte desse sistema que eu chamo de cleptocracia, que rouba a vida de uns para servirem a quem por razões diversas nem merecia.
Ou se privatiza tudo ou vamos viver numa sociedade selvagem, como essa de onde os médicos escravos vieram e duvido que se pudessem voltariam.
Fonte: “Instituto Liberal”, 19/11/2018