*Héber Lima
A autorização do transporte por aplicativo utilizando motocicletas representa um avanço para a liberdade econômica, a mobilidade urbana, a geração de empregos e a liberdade nas trocas voluntárias entre indivíduos. Em um país como o nosso, onde impera o excesso de burocracia e regulamentações que, embora tenham propósitos aparentemente positivos, impedem frequentemente o desenvolvimento, permitir que indivíduos ofereçam transporte sobre duas rodas por meio de plataformas digitais é um caminho para a inclusão produtiva dos mais pobres e para a melhoria do tráfego nas grandes cidades.
TRABALHO E OPORTUNIDADE PARA OS MAIS POBRES
Os indivíduos que mais se beneficiam dessa modalidade de trabalho são justamente os mais pobres, que enfrentam inúmeras barreiras para ascensão social e acesso a oportunidades de desenvolvimento. A liberação desse modelo de parceria de trabalho representa uma ferramenta de democratização do emprego, da produtividade e do crescimento financeiro.
Diferentemente de um carro, que exige um investimento muito maior, uma motocicleta é um veículo acessível para milhões de brasileiros, sendo frequentemente o primeiro bem de transporte de muitos jovens. A possibilidade de trabalhar como motorista de aplicativo sobre duas rodas permite que pessoas de baixa renda tenham uma alternativa rápida para gerar renda sem depender do Estado ou de empregos formais, que muitas vezes não estão disponíveis para todos. Além disso, cria uma alternativa positiva para aqueles que não encontram outras oportunidades.
O transporte por motocicletas também amplia as possibilidades para quem já atua no setor de entregas, permitindo que aumentem sua produtividade e, consequentemente, seus ganhos. Isso significa mais dinheiro circulando na economia local, menos dependência de programas assistencialistas e um incentivo direto ao empreendedorismo individual, um dos pilares do pensamento liberal e libertário.
TRÂNSITO LIVRE
Todas as grandes cidades do mundo enfrentam o desafio de melhorar a mobilidade urbana. No entanto, o transporte coletivo, por ser generalista e focado em atender grandes públicos, não consegue suprir todas as necessidades individuais da população. Como consequência, muitas pessoas ficam desatendidas. Além disso, o transporte coletivo frequentemente recebe reclamações por sua lotação e ineficiência, enquanto o crescente número de veículos particulares contribui para congestionamentos intermináveis.
As motocicletas de aplicativo, no entanto, são uma solução simples e eficaz. Elas ocupam menos espaço, oferecem deslocamentos mais rápidos e reduzem o tempo perdido no trânsito. Além disso, representam um uso mais eficiente dos recursos.
Diversos países já demonstraram o sucesso desse modelo. Aplicativos de transporte por motocicleta, como Uber Moto e 99 Moto, proporcionam deslocamentos ágeis a um custo menor do que os transportes tradicionais. Essa eficiência beneficia tanto o trabalhador, que economiza tempo, quanto o consumidor, que ganha mais alternativas de transporte.
É essencial que o governo evite regulamentações excessivas que encarecem a operação e dificultam a entrada de novos motoristas no setor. Com mais competição, os preços caem, a qualidade do serviço melhora e a inovação é incentivada. Proibir ou dificultar esse modelo de transporte apenas mantém a reserva de mercado dos taxistas e limita as oportunidades de quem mais precisa. Não podemos permitir retrocessos ou ataques ao direito individual de empreender e realizar trocas voluntárias.
CONCLUSÃO
O transporte por aplicativo via motocicletas é uma inovação econômica e social que beneficia diretamente aqueles com menos oportunidades e melhora a mobilidade urbana ao atender a população de forma mais eficiente e individualizada. Com menos intervenção estatal e menos barreiras ao empreendedorismo, as pessoas podem buscar melhores condições de vida sem depender do Estado. Além disso, a circulação mais eficiente de motocicletas nas cidades contribui para a redução dos congestionamentos e melhora a experiência de todos os cidadãos.
Em vez de criar barreiras para essa alternativa, o Estado deveria se limitar a garantir regras claras e segurança jurídica, sem impedir o funcionamento desse mercado promissor. O livre mercado sempre encontra soluções mais eficientes do que qualquer regulação imposta de cima para baixo.
A liberdade sobre duas rodas não é apenas um direito, mas uma necessidade para um país mais próspero e dinâmico.
A liberdade virá!