A venda de ações do Banrisul pretendida pelo governador Eduardo Leite “micou”. O mercado disse claramente que apesar do preço de liquidação, não há interesse por parte dos investidores em se associarem a um banco estatal ineficiente e atrelado ao poder político, coercitivo e imoral. Isso não significa que o mercado deixou seu pragmatismo de lado e passou a atrelar ganhos eventuais a uma ética adequada.
Não!
O mercado está dizendo claramente que colocar dinheiro numa instituição cujo dono está falido não é algo muito inteligente de se fazer. É só esperar um pouquinho que o falido vai entregar suas ações e o poder que detém como sócio majoritário a preços ainda menores do que esses que foram oferecidos agora.
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A tentativa de se livrar de um problema de curto prazo com uma solução de prazo curto, não funcionou. O governador, se tiver juízo, deveria começar imediatamente a tratar da privatização total do Banrisul, bem como do Badesul e da sua parte no BRDE, para começar.
Não é função de um governo empresariar. Governo empresário é perdulário, monopolista, mau prestador de serviço e careiro. Um governo com um banco então ainda é pior, alicia aliados e ameaça adversários através do poder econômico que não deveria ter.
Eduardo Leite que é pelotense deveria convidar seu conterrâneo Mateus Bandeira para descascar esse abacaxi, como fez com Eduardo Macluf, outro pelotense que ainda é xará do governador, a quem colocou no Badesul.
Só existem três soluções para os problemas do estado: corte de gastos, desregulamentação e privatização. Tenho certeza que o Mateus Bandeira daria um ótimo secretário extraordinário de Cortes de Despesas, Desregulamentação e Privatizações do Estado do Rio Grande do Sul. Se o Mateus iria concordar, só o governador convidando para sabermos.
Fonte: “Instituto Liberal”, 20/09/2019