Custo com a compra de energia e pagamentos dos empréstimos contratados pelas empresas nos últimos meses contribuíram com o reajuste das tarifas
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira o aumento de tarifas de energia de 8.823 unidades consumidoras das distribuidoras dos estados de Sergipe, Bahia, Rio Grande do Norte e do Rio Grande do Sul. Os reajustes médios variaram entre 5,46% e 13,26%.
A partir do dia 19, a conta de luz dos 1,3 milhão de unidades consumidoras da AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. (AES Sul) vai aumentar em média 5,46%, sendo 4,36% para os consumidores residenciais e comerciais (baixa tensão), e de 6,95% para as indústrias (alta tensão). Apesar do reajuste ter sido mais baixo agora, a empresa teve 39,5% de aumento na revisão extraordinária homologada pela Aneel em 27 de fevereiro deste ano, o maior entre todas as 58 empresas que passaram pelo processo.
A conta de luz dos 713 mil clientes da Energisa Sergipe Distribuidora de Energia S.A. vai aumentar em média 13,26%. Para os consumidores residenciais o reajuste será de 10,81% e dos industriais, 17,63%. O aumento começa a vigorar a partir da próxima quarta-feira, dia 22.
A tarifa dos 5,5 milhões de unidades consumidoras da Coelba também vai aumentar a partir do dia 22, sendo em média 11,43%. Para as residências e comércio, o reajuste será de 10,45%, e das indústrias, 13,34%. No caso específico da Coelba, citou o diretor do processo na Aneel, André Pepitone Nóbrega, a qualidade dos serviços da empresa melhorou com menos interrupções de energia, o que tem reflexos no índice de aumento tarifário.
A Aneel também autorizou o aumento a partir do dia 22 da conta de luz dos 1,31 milhão clientes da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern). A tarifa da distribuidora vai subir em média 9,57%, sendo 7,41% para as residências e comércio e 14,41% para a indústria. O diretor destacou no caso da Cosern o peso dos tributos na conta de luz. Segundo ele, em uma conta de R$ 100, o valor arrecadado com impostos federais e principalmente estadual, o ICMS em um total de R$ 23,73, ainda são maiores do que a receita da concessionária, R$ 23,50.
O que teve maior peso no aumento das tarifas das distribuidoras foi o custo com a compra de energia, aliado aos pagamentos dos empréstimos contratados pelas empresas nos últimos meses. Os recursos foram utilizados também para a compra de energia no mercado de curto prazo.
Fonte: O Globo
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