As distribuidoras de energia esperam para esta semana reunião com o Ministério de Minas e Energia para amarrarem um novo empréstimo às empresas do setor. De acordo com Nelson Leite, presidente da associação das distribuidoras (Abradee), o financiamento poderá ser de R$ 7,9 bilhões ou mais e servirá para as empresas honrarem seus compromissos entre maio e dezembro. Em março, as distribuidoras conseguiram, em uma manobra inédita que envolveu a CCEE, a Aneel, o ministério e dez bancos, R$ 11,2 bilhões, que duraram até o fim do mês passado.
— Temos novos problemas. Então, estamos negociando uma forma de ampliar esse empréstimo ou conseguir um novo, com outros bancos — afirmou Leite, que participa na manhã desta terça-feira de evento promovido pelas federações das indústrias do Rio e de São Paulo (Fierjan e Fiesp), na capital paulista.
As garantias de pagamento do primeiro empréstimo são os reajustes tarifários da conta de luz do consumidor que começarão em 2015. Para o segundo financiamento, disse Leite, a ideia é manter a mesma estrutura, mas provavelmente vinculando o pagamento a reajustes de 2016.
Perguntado sobre quanto subirá a conta de luz, porém, o executivo disse não saber.
— Tudo isso ainda é especulação. As coisas serão definidas. Nós ainda nem validamos o valor do empréstimo — disse, frisando que “os empréstimos não são um socorro às empresas, mas aos consumidores”.
Dos R$ 11,2 bilhões, cerca de R$ 8,7 bilhões foram gastos para cobrir o rombo das distribuidoras entre fevereiro e março. Os R$ 2,5 bilhões restantes não serão suficientes para cobrir o buraco de abril que será liquidado em junho, de acordo com Leite.
Fonte: O Globo
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