Existem várias redes privadas que promovem o bem estar social, desde educação, saúde, previdência até segurança e justiça. Tudo pago, é claro. Mas a rede pública que tenta prover o bem estar social também é paga. Não apenas é paga, como custa mais e entrega um serviço pior para o usuário.
Por que existe então a rede pública? Seus defensores dizem que é porque os mais pobres não podem arcar com os custos da rede privada. Falácia! Os pobres pagam pelos serviços que usam, só não pagam diretamente. Os pobres pagam pelos serviços que usam através dos impostos cobrados pelo governo, direta ou indiretamente.
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E não é só isso, a rede privada é cara para os pobres, porque o governo intervém regulando toda a atividade. Desde contratos até o fornecimento de bens e serviços, é tudo regulado, além, é óbvio, dos impostos embutidos nos preços cobrados.
Há um agravante adicional sobre tudo isso, ao criar a rede pública que provê os serviços caros e ruins, ao controlar a iniciativa privada regulando-a e taxando-a, o governo engessa e inibe não apenas a inovação como o interesse individual de criar valor, o que gera baixa produtividade e pobreza.
O que podemos depreender disso tudo é o seguinte: o que o governo cria, não é uma rede de proteção na qual os que tropeçam pela vida por algum infortúnio acabarão sendo acolhidos. Pelo contrário, a rede que o governo cria é uma rede estendida sobre a sociedade que acaba impedindo-a de alçar vôos em busca da própria felicidade com produtividade e independência para gerar riqueza.
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Penso até que a rede pública é uma gigantesca teia de aranha na qual todos nós somos vítimas de um aracnídeo gigante que atrai a sua presa para devorá-la devagarinho. Este aracnídeo hipertrofiado se chama governo.
Fonte: “Instituto Liberal”, 13/08/2019