Manipula-se como se quiser aquele em cuja mente incutirmos um princípio moral que pode levá-lo a experimentar culpa.
Quando for um pecado saciar a própria vontade, mesmo que isso não implique em agir em detrimento de ninguém, a própria vida fará com que aquele ser se sinta culpado de viver.
Quando nossa culpa vem daquilo que fazemos para nos manter vivos e felizes, independentemente do que fazemos para os outros, estamos perante uma ideologia dogmática desumana.
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Liberdade versus coerção
O ser humano é um animal racional que depende da própria mente e do próprio corpo para enfrentar os desafios da própria existência.
Quando agir em nome do auto interesse é algo moralmente condenado, não resta outra coisa que não seja a própria morte, sem falar é claro na desobediência bela e moral.
Mas por que deveríamos morrer para nos eximirmos da culpa pela vontade de viver? É contraditório. Como não há contradições, precisamos entender essa que apareceu.
O objetivo da nossa vida é nos mantermos vivos, não faz sentido sermos contemplados com a vida para morrermos em seguida.
+ José Pio Martins: O trabalho como dever moral e amor ao próximo
Morte é o estado de não-existência. Não faz sentido para não existirmos existir. Se nosso objetivo como indivíduos é a inexistência, então deveríamos ter assim permanecido, inexistentes, desde sempre.
O significado da vida cada um escolhe, o propósito da vida, é viver a melhor vida que for possível.
Não se culpe por querer satisfazer o próprio interesse, você não pode ser culpado por querer existir e poder ser feliz.
Fonte: “Instituto Liberal”, 16/06/2019