Nesse mundo pós-moderno, onde filosoficamente se adota a primazia da consciência em vez da primazia da realidade, se as coisas do mundo real não estiverem devidamente descritas e regulamentadas em papel oficial com carimbo estatal, é como se não existissem.
Pior, é como se elas não devessem existir.
É por isso que coisas como Uber, patinetes ou até mesmo pessoas precisam ser identificadas, classificadas, rotuladas, minuciosamente descritas e reguladas.
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Caso contrário, imagino que os reguladores pensem assim, nosso aparato de percepção sensorial e nosso sistema cognitivo não serão capazes de perceber e entender que raios é aquilo, quais são seus atributos, para que afinal aquilo serve e quais seriam seus benefícios e perigos para a sociedade.
Quando alguém acha que o mundo que está perante os seus olhos, foi criado por sua mente, é normal que essa pessoa também queira ditar como que tudo que a ele pertence irá se comportar.
A primazia da consciência permite que haja aqueles que decidem qual consciência irá mandar nas consciências dos demais.
Fonte: “Instituto Liberal”, 15/05/2019