“Moeda, hoje em dia, é como arte conceitual, é uma coisa muito diferente do que era até 1933”, explica o economista Gustavo Franco, em referência ao ano marcado formalmente pelo fim do padrão-ouro na economia brasileira. Franco foi o palestrante da 123ª edição do Imil na Sala de Aula, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. A palestra integrou o 2º Fórum Mackenzie de Liberdade Econômica.
Sob o tema “A moeda e a lei”, título de seu mais recente livro, o economista traçou a história da moeda brasileira desde 1933, quando três decretos (23.501; 23.238 e 22.626) assinados pelo então ministro da Fazenda Oswaldo Aranha transformaram radicalmente o sistema monetário do país. A partir dali, explica Franco, além de tornar-se obrigatório o uso do papel moeda, foi estabelecida reserva de mercado para a moeda brasileira e, através da Lei da Usura, uma espécie de “estatização dos bancos”: “Se existe inflação e só é possível emprestar dinheiro a 12%, no máximo, a única entidade capaz de emprestar dinheiro obedecendo as Lei da Usura era aquela que fabricava pedaços de papel do nada e os fazia ter valor, que era o governo”. Na ocasião, na contramão de outros países, o Brasil não criou um Banco Central que pudesse limitar tamanho poder do governo.
A palestra de Franco segue através dos mais importantes acontecimentos monetários do país, as diversas crises, “choques heterodoxos”, a hiperinflação e a criação do Plano Real. Assista a palestra e inscreva-se no canal do Instituto Millenium no YouTube!