Andrés Oppenheimer, ganhador dos prêmios Pulitzer e Ortega e Gasset, concedido pelo diário espanhol “El País”, demonstra no livro “Basta de histórias!” (Objetiva) que melhorar a educação, a ciência, a tecnologia e a inovação é uma tarefa possível e imprescindível. Mais que isso, a empreitada é necessária e por uma simples razão: o século XXI será o da economia do conhecimento. Ao contrário do que pregam presidentes e líderes populistas latino-americanos, os países que avançam não são os que vendem matérias-primas nem produtos manufaturados básicos, mas os que produzem bens e serviços de maior valor agregado.
O título “Basta de histórias!” (Objetiva, 2010) tem um sentido duplo para o autor: por um lado pede aos presidentes latino-americanos que não atuem mais à moda populista e, por outro, evidencia como, na América Latina, as pessoas são obcecadas pelo passado, mas pouco preocupadas com o futuro.
Com um olhar crítico sobre a educação e o futuro, Oppenheimer viajou durante cinco anos por países como Finlândia, Índia, China, Israel, Brasil e Venezuela para conhecer os sistemas educativos e entender como determinam diretamente o grau de desenvolvimento econômico. Em cada país entrevistou figuras de relevância, como Bill Gates e Michelle Bachellet, as quais reforçam sua tese de que as nações que crescem são as que apostam na ciência e inovação: “numa época de concorrência feroz existe uma urgente necessidade de educação de qualidade.”
A edição brasileira conta ainda com uma apresentação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em que diz: “Oppenheimer reconhece os esforços feitos, principalmente no Brasil, mas, mostra também que ainda há muito a caminhar. É só comparar com os países que mais avançaram. Nada de desânimo, mas tudo de objetividade e disposição para aprender as boas lições que o mundo oferece. É isso que trata este livro, agradável de ser lido e instigante.”
Olá amigos. Bela dica de livro!
Somos não só preocupadíssimos com o passado, mas também com uma história das arengas, das revoltas, dos tumultos, dos banhos de sangue. Um tipo de história que não passa de uma problematização tosca e marxista do passado. O que deu certo, as melhorias, os grandes avanços econômicos, de melhoria de vida , os avanços científicos, são muito pouco enfatizados…
Abraço.