Depois de ficar de fora do ranking dos 25 países mais confiáveis para o investimento estrangeiro no ano passado, o Brasil voltou aos holofotes em 2020.
Divulgado na terça-feira (16), o Índice de Confiança do Investimento Estrangeiro Direto (IED), da consultoria norte-americana A.T. Kearney, aponta que o País ocupa o 22º lugar e é o único representante da América Latina no ranking.
Calculado anualmente, a pontuação do levantamento varia de 1 a 3 e o valor é definido com base nas respostas de executivos das 500 maiores empresas do mundo sobre a probabilidade de suas companhias realizarem investimentos direto em um dos mercados nos próximos três anos.
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A consultoria define o índice IED como a aplicação de capital de uma empresa estrangeira em uma de outro país. O conceito é o mesmo adotado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).
Pelo oitavo ano consecutivo, os EUA lideram o ranking e contam com a pontuação de 2,26. Completam o top cinco Canadá, Alemanha, Japão e França, respectivamente. No 22º lugar, o Brasil tem a nota de 1,65. (Confira o ranking completo no final da matéria)
“A aprovação da reforma da previdência e os esforços do governo para ampliar as privatizações, que devem estimular o crescimento da economia, foram os fatores que impulsionaram a percepção positiva para investimento no País”, diz o relatório da A.T. Kearney.
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Impacto da covid-19
A pesquisa foi feita entre os dias 27 de janeiro e 3 de março deste ano, antes da pandemia de coronavírus ser decretada oficialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ou seja, os efeitos da crise global foram captadas apenas de forma parcial nas respostas.
“No início do período da pesquisa, antes da disseminação do vírus, os líderes empresariais eram razoavelmente otimistas sobre a economia global e o futuro do investimento direto. A covid-19 parecia estar contida na Ásia. No entanto, quando os investidores perceberam que estavam ‘entrando na tempestade’ nas últimas duas semanas da pesquisa, a confiança diminuiu de maneira previsível em todos os setores – para mercados desenvolvidos, emergentes e de fronteira, refletindo o rápido surto da pandemia”, diz o relatório.
Dessa forma, a A.T. Kearney diz ainda que os investidores passaram a priorizar a indicação de mercados grandes e estáveis, com estruturas políticas e regulatórias mais previsíveis. Assim, o cenário favorece a reorientação de investimentos para as economias mais desenvolvidas, uma tendência que já vinha sendo verificada nos últimos anos.
Fonte: “Estadão”