Petições online ganham força como instrumentos de pressão
O site de petições públicas Change.org recebe cerca de 20 milhões de visitantes únicos por mês, o que o torna um dos maiores sites de campanhas na internet (sites semelhantes incluem Causes, Upworthy e MoveOn).
Lançado em 2007, o Change tem um histórico de vitórias impressionante. Acolheu petições que ajudaram a garantir cuidados de saúde a vítimas de intoxicação alimentar em uma base do exército americano, combater um esquema de corrupção nos serviços de emissão de carteiras de habilitação na Índia, avançar os direitos das mulheres japonesas da equipe olímpica de futebol e convencer autoridades em Belarus a investigar casos de crueldade animal.
Críticos argumentam que o site Change.org não venceu essas batalhas sozinho e que algumas de suas petições mais populares não surtiram efeito algum. Os bancos Barclays e Citibank, por exemplo, foram pressionados por 570 mil signatários a “condenar o projeto de lei que defende a matança de gays em Uganda”, mas nada aconteceu. Outros 430 mil signatários demandam, inutilmente, que a China liberte Xiu Xiaobo, o vencedor do prêmio Nobel condenado a 11 anos de prisão por subversão ao poder do Estado.
No entanto, o modelo de negócios da empresa pode ter uma influência mais duradoura do que qualquer uma de suas petições individuais. Ao contrário de sites semelhantes, o Change é uma empresa com fins lucrativos. A maioria das pessoas não paga para criar campanhas e usar o site, mas ele também oferece um serviço pago a clientes que quiserem criar campanhas patrocinadas para atingir determinados públicos-alvo.
Em 21 de maio o Change.org anunciou ter recebido uma doação de US$ 15 milhões da Omidyar Network, uma empresa de filantropia financiada por Pierre Omidyar, fundador do eBay. O dinheiro deve ajudar a empresa a atingir sua meta de transformar campanhas e a captação de fundos na internet em algo mais próximo a uma ciência exata.
Fonte: Opinião & Notícia
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