A xaropada eleitoral é daquelas coisas duras de aguentar nesta vida. Os candidatos ao cargo de representante máximo da nação bem que poderiam tentar elevar o nível do debate. É previsível que evitem questões difíceis, do tipo “como controlar o déficit previdenciário”, “como dar eficiência ao gasto público” ou “como domar a besta tributária”. Mas não é só esse o problema. O discurso dos candidatos deve muito no que se refere a propostas inovadoras para tornar o país mais competitivo.
Um alerta recente sobre quanto precisamos trazer novas ideias para o debate veio do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O diretor e empresário José Ricardo Coelho soou o alarme, baseado em uma ampla estatística comparativa de 43 países. O Brasil, nesse ranking de competitividade, se arrasta quase na lanterna, na 38ª posição. Mineração e agroindústria vão bem, em grande parte porque contamos com vantagens especiais da natureza generosa, com clima favorável e subsolo rico. Mas a indústria manufatureira vai aos poucos cedendo espaço na formação do PIB nacional, porque depende mais de engenho criativo, de boa formação técnica e científica, de crédito acessível e não oneroso e de uma estrutura tributária compreensível – ou seja, de um ambiente não antagônico ao lucro.
Esse recuo se deu nos últimos 25 anos, coincidindo com a redemocratização brasileira. Custa crer que a gradativa desindustrialização tenha sido patrocinada pela esquerda brasileira, justamente pelo grupo político que mais atenção histórica teve pelo desafio de nos fazer sair da dependência estrita à produção primária. Estamos virando um país “commoditeiro”, fornecedor apenas de matérias-primas.
Nada contra ser forte na produção de commodities. Aliás, tudo a favor, já que a agropecuária e a mineração, inclusive o petróleo, nos pagam as contas externas deficitárias. Mas isso é revelador da nossa fraqueza futura, relativa a outras nações como Coreia, Índia e China, na produção de uma “geração laboriosa”, de milhões de pessoas com capacidade de entender conceitos, calcular e projetar, ousar iniciativas criativas. A Indústria, com I maiúsculo, precisa ter em seu DNA gente com certa formação educacional, com valores incutidos pela cultura da família, pelas regras de disciplina da sociedade, pelo exemplo de líderes locais. Onde estão tais valores em nosso país? Felizmente, ainda não pereceram, mas tampouco têm apoio incondicional das políticas públicas, em geral propensas a afogar o empresário iniciante num liame de regulações inúteis, regras trabalhistas estúpidas e ultrapassadas, encargos tributários extorsivos e, afinal, um custo de capital incapacitante da alavancagem necessária aos passos iniciais de uma aventura industrial.
Os candidatos deveriam ser convocados a concordar ou discordar desse diagnóstico, mas nunca ficar em cima do muro até o último dia do certame eleitoral. A grande pergunta política transcende a partidos ou ideologias: será que o presidente defenderá, a todo custo, a empresa e os empresários do Brasil, em nome dos milhões de empregos que esses brasileiros criam e da produtividade que acrescentam à máquina da produção nacional? Ou será ele (ou ela) mais um defensor do juro mais alto do mundo, da carga tributária mais burra do planeta e dos arranjos produtivos mais onerosos da face da Terra?
Um presidente sem convicção continuará a se enganar com essa escolaridade de fachada, da aprovação automática de alunos, com a previdência imprevidente e sem fundos, a saúde pública que nem um cartão nacional de identificação consegue organizar, o combustível caro num país interiorizado sem ferrovias, a fase de geração fácil de empregos… e por aí vai. Não para aí a lista das limitações ao futuro desenvolvimento industrial brasileiro e ao nosso progresso humano (desafios que serão debatidos nesta quinzena na Fundação Getulio Vargas em São Paulo). Tomara que o barulho do alerta chegue aos ouvidos dos futuros poderosos da pátria amada.
Fonte: Revista “Época” – 19 de julho
Não discutirei a opiniao do amigo sobre o partido do nosso atual presidente, nem a sua opção política, mas está na cara de quem quiser entender que o texto acima é uma clara forma, covarde diga-se de passagem, de querer tumultuar e desestabilizar uma país que, se não está ótimo, pois, todos os países do mundo estão passando por problemas de ordem política ou financeira, se tornou muito melhor para se viver. Não costumo tb, querer manipular a cabeça das pessoas para votar em A ou B porém, não da pra para se conformar com o sinismo da direita em insistir que o Brasil está indo de mal a pior ou que nós não evoluimos,será que vcs não tem tv em casa, eu acredito que sim, pois a maior empresa do ramo está do lado de vcs, os jornais tb, portanto vamos parar com esta xaropada jornalística e conduzir esta campanha com sobriedade e respeito.
Parece que o Sr. Américo Jr. Não mora no Brasil. Onde o Brasil se tornou um país melhor para se viver? Só mesmo nas propagandas do PT para fazer a costumeira lavagem cerebral nos brasileiros que não receberam as devidas instruções ou que vivem às expensas do País.
Em cada esquina tem um pedinte, um flanelinha, um vendedor ambulante que merca burlando o fisco porque não tem condições de pagar. Em cada parada descuidada há um assaltante.
A imprensa escrita, televisiva e de rádio só falta pingar sangue ao vivo e a cores.
Uma grande quantidade de pessoas estão recebendo o peixe sem aprender a pescar. Para não perder o bolsa Família pessoas se recusam a trabalhar com carteira assinada e a pagar o INSS. O que vai ser do futuro desse povo sem aposentadoria? ninguém sabe. São ignorantes que não pensam no futuro de suas vidas e insistem em viver na marginalidade da sociedade. Hoje quando se alerta acerca da gravidez irresponsável brincam: “Lula dá comida!” E amanhã? Sem saúde, sem educação, o que será de todos eles?
O povo brasileiro escuta palavras que nem sabe o que significam e acham que está tudo bem. Um exemplo disso é COMMODITIES. Eles não sabem que significa AMENIDADES.
Pessoas preferem ficar presas para receber o auxílio reclusão. Mulheres recebem treinamento para trabalhar em indústrias e não aceitam o trabalho para não perder o bolsa família…
Será que o Brasil vai passar a ser o País do indigente e não o do trabalhador, que tem capacidade criativa e que antes era tão admirado no exterior? Está difícil um brasileiro ser bem olhado lá fora hoje em dia. Não se ensina mais nada nesse País.