Organizado por Paulo Diniz Zamboni, através do site ” Mídia Sem Máscara”, o livro “Conspiração de portas abertas – Como o movimento revolucionário comunista ressurgiu na América Latina através do Foro de São Paulo” (Editora Realizações, 200 páginas) apresenta uma coletânea de artigos que revela o Foro como força política (de esquerda) organizada e coesa no continente.
O texto procura suprir a omissão da imprensa em relação à instituição e colocar em debate a reunião da esquerda da América Latina em uma organização que congrega partidos políticos, movimentos sociais, grupos que combatem governos democráticos pela via armada, e que exaltam o modelo cubano (do ditador agora semi-aposentado, Fidel Castro) como paradigmas. A descrição sobre os membros e participantes, eventos e análises da atuação permitem ao leitor formar seu próprio juízo sobre a organização – independente do caráter opinativo da maioria dos textos.
E por que este assunto precisa ser conhecido? Pelo fato de que continuar insistindo em sua irrelevância, ou pior, em que o assunto não passa de uma “teoria da conspiração” (afirmação repetida sobretudo por alguns dos próprios membros do PT, sendo ele próprio um integrante do FSP) torna-se uma atitude de ignorância “suicida” diante dos rumos cada vez mais sombrios que a política e a sociedade brasileiras podem tomar.
Devemos nos atentar como deveríamos em 64? Devemos ficar alertas à um golpe da esquerda? Como deveríamos estar antes? Dois pesos, duas medidas e ‘la c’est faire’, né?