Os valores morais da República têm que ser observados, e a ordem jurídica nacional não pode ser manipulada por interesses deletérios daqueles que não respeitam o Estado Democrático de Direito. O Brasil não pertence a nenhum grupelho político para transformar suas instituições em balcão de negócios. Este torrão é de todos os brasileiros, honestos e trabalhadores, que com o seu suor dão estabilidade à pátria brasileira, e por isso exigem muito respeito dos segmentos políticos imorais, que se assanham para interferir no Judiciário visando à absolvição de políticos petistas, processados por envolvimento no rumoroso caso dos mensaleiros do Congresso.
Como ensinou Rui Barbosa, “a pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. Os que a servem são os que não invejam, os que não infamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acobardam, mas resistem, mas ensinam,ma esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo.”
A sociedade brasileira tem que estar mobilizada para impedir que os conspiradores da pátria desmoralizem as nossas instituições ao fazer pressão para que um bando de 40 transgressores públicos seja anistiado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Nada justifica até o presente a morosidade do STF para manifestação sentencial dos mensaleiros senão a suspeitável interferência política dos representantes petistas através de seus olheiros dentro da suprema corte. E isso não é difícil verificar
Quem não se lembra da grande interferência do ex-ministro político de toga, do STF, Nelson Jobim, a serviço do Planalto, para convencer o Supremo a votar favoravelmente pela taxação das aposentadorias e pensões dos inativos federais da Previdência Social, um verdadeiro confisco dos direitos adquiridos? Hoje, esse cidadão é o ministro da Defesa e já deu o seu primeiro aviso para tentar salvar a pele dos lobos petistas das garras da Justiça ao convidar o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino – réu no mensalão por formação de quadrilha – para trabalhar como seu assessor.
Essa estratégia, para tentar influenciar o julgamento no Supremo Tribunal Federal, está muito clara. Dias atrás, o petista paulista, deputado federal João Paulo Cunha, que responde no Supremo por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato (mensalão), foi escolhido pelo PT para presidir a comissão mais importante da Câmara, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Vejam o que disse o deputado petista paulista Devanir Ribeiro: “O Jobim deu um recado ao governo e ao PT. Por que nossos ministros não convidam companheiros processados para trabalhar? Vamos vencer a batalha da opinião pública”.
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